Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ideias para o seu chá de bebê!

Olá! Meu nome é Sara Scarcelli e, a pedido da minha irmã, a Talita, estou aqui para escrever dicas de atividades para quem está pretendendo organizar um chá de bebê divertido e diferente!

Minha primeira experiência como organizadora de um chá de bebê foi pouco mais de dois anos atrás, quando a Talita estava grávida da Nicole. Até então, eu partia do pressuposto de que chás de bebê em geral eram bastante desorganizados e, por isso, quis inovar com uma proposta diferente para o chá de bebê da minha sobrinha. Afinal, até hoje não entendo qual é a graça de pintar, sujar e ridicularizar a mamãe, que provavelmente já deva estar tão cansada.

Imaginem só um chá de bebê onde todas possam participar de brincadeiras em equipe e torcer para que a sua seja a vencedora! Imaginem um chá onde nem você e nem a mamãe são penalizadas e sim PREMIADAS? Não sei você, mas eu me divirto muito quando recebo prêmios!! O prêmio é um incentivo e sempre uma forma gostosa de brincar e interagir.

Vou compartilhar, detalhadamente, como vocês podem organizar um chá de bebê cheio de atividades, brincadeiras e premiação. Espero que gostem! :)

Quero reforçar que as dicas que dou são fruto da minha imaginação, experiência e também de algumas pesquisas que fiz na internet; cada pessoa pode fazer como achar melhor, conforme o tipo de chá que deseja ter. Veja a seguir:

Atividades:

1. Texto “Profissão Mãe”:
É um texto de Marcelo Dias que homenageia todas as mamães em tempo integral que eu encontrei na internet. Se lido com a entonação certa, traz boas gargalhadas. Gosto de imprimir uma folha do texto para cada convidada que depois pode compartilhá-lo com outras pessoas.

2. Mensagem:
É um período durante o evento para alguém trazer uma mensagem bíblica para reflexão.

Sorteio para as brincadeiras:
I. Anote o nome de todas as convidadas presentes em uma folha de papel.
II. Recorte cada nome, dobre e ponha em uma caixinha para sorteio.

Brincadeiras:
1. Mamãe, que barrigão é este?
Materiais: barbante e tesoura.
Objetivo: Acertar o tamanho da barriga da mamãe com um barbante.
I. Sorteie três convidadas.
II. Dê o final do barbante para cada uma cortar a quantidade que achar que irá dar a volta toda na barriga da mamãe.
III. Meça a barriga com cada barbante e.se necessário, compare um barbante com o outro e depois declare a vencedora!
IV. Não se esqueça de premiar quem chegar mais perto do tamanho certo.

2. Comer bem para crescer!
Materiais: Três sabores de papinha de bebê sem o rótulo e três colheres pequenas.
Objetivo: Acertar os sabores de papinha de bebê.
I. Sorteie três convidadas.
II. A mamãe deve dar as três papinhas para cada sorteada experimentar e adivinhar os sabores.
III. Não se esqueça de premiar a que acertar os três sabores!

3. Eu mamo mais rápido que você!
Materiais: Três mamadeiras cheias de água, cada com um corante para diferenciar do outro.
Objetivo: Quem consegue mamar mais em um minuto.
I. Sorteie três convidadas.
II. Cada sorteada deve ficar de pé segurando sua mamadeira uma ao lado da outra. Todas devem mamar ao mesmo tempo.
III. Quando passar um minuto, mandem elas pararem e confira qual mamadeira está mais vazia!
IV. Não se esqueça de premiar a que mamou mais!

***OUTRA VERSÃO***
Objetivo: Em dois minutos, a dupla deve engatinhar até a mamadeira e voltar engatinhando para entregar à sua dupla que deverá mamar!
I. Sorteie seis convidadas.
II. Faça duplas e deixe elas escolherem quem vai engatinhar e quem vai mamar.
III. Deixe a mamadeira uma distância na frente da dupla. As três sorteadas devem engatinhar ao mesmo tempo.
IV. Quando passarem dois minutos, mandem elas pararem e confira qual mamadeira está mais vazia!
V. Não se esqueça de premiar a dupla que foi mais rápida!

4. Mímica!
Materiais: Preparar uma lista com cinco itens de bebê para a mamãe e cinco itens para o papai.
Objetivo: Mamãe e papai competem para, dentro do tempo de dois minutos, fazer a mimica de suas palavras. Ganha a convidada que adivinhar melhor.
I. Sorteie três convidadas para o grupo da mamãe.
II. A mamãe deve ter a lista em mãos e mimicar na ordem que preferir em apenas dois minutos.
III. A mímica é feita para as três sorteadas ao mesmo tempo e elas devem adivinhar o item.
IV. Não se esqueça de premiar a sorteada que acertou mais palavras!
V. Faça o mesmo para o grupo do papai: sorteie e dê dois minutos para a brincadeira.
VI. Não se esqueça de premiar a sorteada que acertou mais a mímica do papai!

5. Mamãe habilidosa!
Materiais: Um balde com no mínimo 14 pares de meias misturadas.
Objetivo: Combinar o maior número de pares de meias possíveis.
I. Sorteie três convidadas.
II. Cada sorteada tem um minuto para achar os pares certos de cada meia.
III. Quando passar um minuto, confira se os pares estão certos e faça a contagem.
IV. Não se esqueça de premiar a sorteada que acertou o maior número de pares de meia!

6. Jogo da memória!
Materiais: Uma caixa com o maior número de produtos e objetos de bebê possíveis. Três papéis rascunhos e três canetas.
Objetivo: Lembrar e anotar a maior quantidade de objetos e produtos de bebê.
I. Sorteie três convidadas.
II. Dê 45 segundos para elas observarem a caixa ao mesmo tempo.
III. Dê mais 45 segundos para elas anotarem em um rascunho o maior número de objetos e produtos de bebê.
IV. Confira se todos os objetos e produtos realmente estão na caixa.
V. Não se esqueça de premiar quem anotou mais objetos e produtos!

7. Quem sabe como fazer um bebê?
Materiais: Três cores de massinha e três papéis em branco para apoio.
Objetivo: Fazer o bebê mais bonito aos olhos da mamãe e do papai.
I. Sorteie três convidadas.
II. As sorteada tem 1 minuto para preparar um bebê de massinha ao mesmo tempo.
III. Apresente os “bebês” e peça à mamãe e ao papai que escolham o melhor bebê.
IV. Não se esqueça de premiar quem fez o bebê que mais agradou a mamãe e o papai.

8. Mamãe disse que a chupeta não pode cair no chão!
Materiais: Seis palitos de churrasco e duas chupetas.
Objetivo: Passar a chupeta pelo palito de churrasco sem cair no chão e, por fim, achar a mamãe para entregar a chupeta.
I. Sorteie seis convidadas.
II. Enquanto as sorteadas estão distraídas, a mamãe deve se esconder.
III. Divida as sorteadas em dois grupos de três.
IV. Peça para as seis colocarem um palito de churrasco na boca e ficarem em duas filas.
V. Coloque uma chupeta no palito da primeira da fila de cada grupo.
VI. Explique que cada uma deve passar a chupeta para a outra até chegar à última, que deve procurar a mamãe para entregar a chupeta. Elas não podem encostar com a mão no palito e nem deixarem a chupeta cair no chão.
VII. Não se esqueça de premiar o grupo que entregar a chupeta à mamãe primeiro.

Sugestão de prêmios:
1. Tupperwear rosa em formato de cookie.
2. Saboneteira com dois ou três alpinos dentro.
3. Esponja em formato de bichinho fofo.
4. Conjunto de saleiro e palito de dente. Ou apenas premie com:
5. Saquinhos de plástico com chocolates e balas.
Prêmio de participação:
6. Uma unidade de bis para cada sorteada que brincou mas não ganhou.

Resumo de materiais:
* barbante e tesoura;
* três sabores de papinha de bebê sem o rótulo e três colheres pequenas;
* três mamadeiras cheias de água, cada com um corante para diferenciação;
* uma lista com cinco itens de bebê para a mamãe e outra para o papai;
* um balde com no mínimo 14 pares de meias misturados;
* uma caixa com o maior número de produtos e objetos de bebê possíveis, três papéis rascunhos e três canetas;
* três cores de massinha e três papéis em branco para apoio;
* seis palitos de churrasco e duas chupetas.

Contagem Final: Em um chá de bebê de acordo com as brincadeiras acima, podemos dizer que:
* 30 convidadas irão brincar;
* sendo que 19 ganharão bis por participação (equivalente à uma caixa de bis);
* e 11 ganharão prêmios por vencerem a brincadeira.

Compartilhem comigo se colocarem alguma brincadeira acima em prática! Vou ficar muito feliz em saber qual foi o resultado das brincadeiras no seu chá de bebê.

Um abraço!

sábado, 20 de agosto de 2011

2 meses de Alícia!


Ontem a Alícia completou 2 meses e sinto-me contente por poder colher cada vez mais o doce fruto de implementar a rotina desde o 1º. dia em que chegamos da maternidade. Não tem quem olhe para a minha bebê e não diga: "Puxa, como você é sortuda, ela é bem tranquila, dorme tanto". Eu aceno com a cabeça que sim, mas é claro que sei que não tem nada a ver com sorte. Foi informação posta em prática, rs! Tem a bênção de Deus também, claro, mas creio que Ele só pode abençoar o trabalho de nossas mãos quando as nossas mãos fazem alguma coisa. Ou seja, precisamos fazer algo (a nossa parte), senão Ele não tem o que abençoar! Neste caso, Deus nos abençoou com informação e também com graça para nos ajudar a colocá-la em prática, principalmente nos dias mais complicados em que estamos confusos e nos sentimos inseguros.

Aliás, dias assim não são poucos. São muitos. O começo é sempre bem difícil. Mesmo esta sendo a minha segunda experiência, confesso que há dias em que ficamos completamente perdidos e nos perguntando o que "deu errado"! Não sei porque isso acontece, mas percebo que a minha mente está sempre atrás de "respostas prontas" que façam tudo ficar perfeito. Tudo tem de ter um porquê, uma explicação, queremos que alguém nos dê uma fórmula simples e rápida para resolver os nossos problemas. E o exemplo clássico é quando o bebê está chorando! Nenhum pai ou mãe quer ouvir o filho chorar. Nos sentimos impotentes diante do choro deles, principalmente quando, ao nosso ver, fizemos tudo o que achamos que poderia ser feito. Ficamos desesperados por uma resposta, queremos conversar com outras pessoas para saber se já passaram por isso. E é natural, e eu diria até saudável, que em momentos assim tenhamos dúvida e reflitamos sobre as estratégias que estamos usando, analisando se vale a pena mantê-las.

Mas como disse no começo deste post, os frutos estão vindo! E como é bom saboreá-los. Depois de praticamente 10 noites seguidas mal-dormidas (tendo de amamentá-la de madrugada porque algo "deu errado" durante o dia), esta última noite foi esplêndia! Vou contar como foi:

O dia todo já tinha sido bem tranquilo, ela até dormiu sem precisar da chupeta em duas sonecas, o que por si só já me surpreendeu porque eu tinha chegado a pensar que tinha falhado permitindo que a Alícia ficasse dependente da chupeta para dormir. Dei a última mamada do dia, às 18:00, e por volta das 19:30, depois de trocar a fralda e deixá-la um pouco acordada, ela foi para o berço. Às 22:30 dei a mamada dos sonhos (com ela dormindo), troquei novamente a fralda e coloquei-a de volta no berço logo em seguida. E assim ela dormiu direto, no mesmo quarto em que a Nicole! Realmente uma vitória ver as duas dormindo profundamente em suas camas. Às 4:50 da manhã ela acordou resmungando. O Douglas foi buscá-la, eram gases. Meu peito já estava bem duro e cheio de leite (na verdade o leite tinha até vazado e eu estava toda molhada!). Quase cedi à tentação de esvaziá-los amamentando-a àquela hora da madrugada como vinha fazendo, mas depois analisei que não quebraria esse hábito sem um pouco de sacrifício. A Alícia não precisava mais daquela mamada e o meu corpo aos poucos iria entender que não precisava produzir leite naquele horário. Então meu marido a colocou no moisés, a trouxe para o nosso quarto (pois não queríamos arriscar acordar a Nicole antes da hora) e deu a chupeta para ajudá-la a entender que ainda era hora de dormir. Deu certo, ela dormiu por mais uma hora! Só então, às 6:00 da manhã, é que acordei-a para a primeira mamada do dia!

Se você é mamãe de primeira viagem ou pela primeira vez está tentando implementar os princípios do Nana Nenê com o seu recém-nascido, quero encorajá-la a perseverar. Os custos valem a pena e é normal sentir-se bem insegura durante o processo. Eu sei que você quer o melhor para o seu filho e para a sua família, por isso não abra mão deste objetivo! Espero que ao ler nosso blog você se sinta fortalecida e compreendida, sabendo que outras já passaram pelo que você está passando. Os princípios que ensinamos são diretrizes, não regras. Use-os a seu favor, não contra você. Eles foram feitos para você e não você para eles, entende a diferença?

Digo isso porque com a minha primeira filha tive momentos de muita tensão emocional. Eu queria seguir tudo à risca e ficava péssima quando as coisas não saíam do jeito que eu tinha idealizado. A Nicole começou a dormir a noite toda exatamente quando completou 8 semanas e depois nunca mais voltou atrás (exceto em dias de doença). Eu era muito rigorosa com a rotina e foi assim "de repente" que os meus esforços produziram o resultado almejado. Já com a Alícia está sendo diferente, ela é um bebê maior e desde o 11º. dia de vida já mostrou ser capaz de dormir de 6 a 8 horas seguidas à noite, porém nunca com constância (eram alguns dias sim e muitos dias não). Pelas novas circunstâncias da minha vida hoje (e também novo entendimento, maturidade, etc.), tenho me permitido maior flexibilidade durante o dia. Estava até comentando isso com o meu marido um dia desses: salvo raríssimas exceções, não ficávamos fora de casa à noite nos primeiros meses de vida da Nicole. Com a Alícia está sendo bem diferente neste ponto, já tivemos de sair algumas vezes à noite. Ainda evito, é claro, mas aceito em alguns casos como exceção à regra e tudo fica bem. Ou seja, de modo geral, a rotina não é tão exata como antes, mas os princípios básicos (e realmente essenciais) eu domino e sigo sempre!

Ok, agora vamos à uma rápida atualização dos principais pontos da rotina:

Amamentação
A Alícia continua mamando rapidinho, em 5 a 10 minutos, apenas um peito por vez. Ela continua golfando bastante, mas o pediatra não ficou preocupado, apenas disse que ela mama demais. Às vezes ainda tento tirá-la do peito na metade da mamada para arrotar antes, mas nem sempre funciona. Ela mama 6 a 7 vezes por dia e está ganhando peso; a fralda P quase não serve mais. Os seis horários fixos das mamadas são: 6:00, 9:00, 12:00, 15:00, 18:00 e 22:30. Às vezes faço o "cluster feeding" (diminuir o intervalo para acrescentar uma 7a mamada no fim do dia), às vezes não. Tudo depende de como foi o dia e se ela parece com mais fome do que o normal.

Atividade
Esta semana a Alícia começou a sorrir mais, está uma graça! O tempo de atividade continua bem curto, não chega a uma hora. Isso inclui o tempo mamando, trocando a fralda e "brincando". Eu pretendo começar a usar o cercadinho em breve, mas por enquanto a atividade limita-se a ela interagir com alguém da família ou então ficar olhando para algum bichinho ou estampa colorida (por exemplo, no tapetinho).

Sono
Como o tempo acordado dura no máximo uma hora, as sonecas são de duas horas pra mais. Ela tira 4 sonecas por dia, sendo que a última normalmente é mais curta. Ainda uso a chupeta para ajudá-la a dormir e, se necessário, também deixo chorar (CIO = cry it out). Como compartilhei acima, tivemos alguns dias e noites bem difíceis em que ela chorou por horas e nada a acalmava, só o colo mesmo. Ela ficava no colo até adormecer (e mesmo assim resmungando de dor), mas bastava a colocarmos no moisés ou no berço e ela voltava a chorar. Continuo dando antigases, eu tinha diminuído para 2x ao dia, mas depois desses episódios voltei a dar 3x ao dia. A chupeta também pode ser uma boa aliada nessas horas em que o bebê sente dor.

Por hoje é só, um abraço e até mais!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A chegada do segundo bebê!

Uma pergunta frequente que as pessoas me fazem ultimamente é como a Nicole (hoje com 1 ano e 11 meses) tem reagido frente à chegada de uma nova bebê em casa (Alícia, de 1 mês e meio). Por isso decidi escrever este post para compartilhar como tem sido a nossa experiência!

O assunto de quando ter outro filho é bem controverso, por uma série de motivos! Alguns acham prudente esperar o primeiro filho completar 4 ou 5 anos de idade antes de engravidar novamente. Eu acho muito tempo! Outros concordam que não é necessário esperar tantos anos mas não têm coragem de ter o segundo filho até que o primogênito tenha completado 2 anos de idade. Há posições diversas, inclusive de especialistas, e cada uma com seus prós e contras - tanto do ponto de vista do desenvolvimento da criança como da recuperação do corpo da mulher. Indo na contramão da sociedade, eu optei por um intervalo de idade inferior a 2 anos essencialmente por dois motivos:

COMPANHEIRISMO E UNIDADE DA FAMÍLIA - Penso que a proximidade da idade entre minhas filhas facilitará para que as elas sejam companheiras. Facilitará as brincadeiras e os passeios em família, por exemplo, pois estarão vivendo "mais ou menos" as mesmas fases da infância e, assim, meu marido e eu poderemos curtir melhor esses momentos em família! Também pesei a questão do caráter e das valiosas lições que ter um irmão/amigo traz para os filhos (se devidamente orientadas e incentivadas pelos pais, é claro), dentre elas: aprender a compartilhar e vencer o egoísmo, além de trabalhar a paciência, o amor, o perdão, etc.

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E VIDA PROFISSIONAL - Ter duas crianças pequenas em casa exige muita dedicação e sacrifício da parte dos pais. Para a mãe, um deles é deixar a vida profissional um pouco de lado ou temporariamente abrir mão de certos objetivos acadêmicos, por exemplo, para poder investir tempo de qualidade nos filhos. Quero uma família grande, por isso pesei os prós e contras e preferi fazer todo o trabalho difícil agora, de uma só vez, sabendo que daqui alguns anos poderei colher os frutos desta escolha. À medida que elas crescerem e ficarem mais independentes, sei que aos poucos terei mais tempo para alcançar outras metas pessoais.

Cada um tem um jeito de agir e de pensar sobre este assunto. No meu caso, eu sei que penso demais e por isso optei por engravidar logo e não correr o risco de perder a coragem à medida que a Nicole crescesse e ficasse cada vez menos dependente de mim. Imaginar que teria de começar do zero novamente poderia me fazer desistir ou procrastinar! Uma amiga que faz Psicologia me contou uma vez que problemas relacionados com ciúmes entre irmãos é significativamente menor quando o bebê nasce antes do mais velho completar seu segundo aniversário. Por todos esses motivos, parei de amamentar a Nicole aos 9 meses e comecei a tentar o segundo filho quando ela completou um aninho! Na verdade, eu queria ter engravidado antes para que a diferença fosse de 18 meses, mas como tinha tratamento dentário pra fazer (arrancar os quatro dentes de ciso), precisei aguardar alguns meses por causa da medicação.

A gestação foi difícil - aliás, MUITO difícil. A Nicole já andava e estava no início daquela fase intensamente exploradora e eu a todo momento sentindo enjôo. Não vou me deter novamente em todos os sintomas ruins que tive. Basta dizer que até hoje suspiro aliviada ao acordar e saber que não preciso correr pra comer alguma coisa se não quiser vomitar! Bem, eu vivia cansada e era complicado aguentar o pique da Nicole para conseguir colocar os limites, discipliná-la, etc. Minha paciência também estava curta, eu me sentia constantemente "no limite". Apesar disso, eu tomei certas providências para prepará-la para a chegada da irmã fazendo algumas transições que achei necessárias, dentre elas: trocar a mamadeira pelo copo, trocar o berço pela cama, parar de usar fraldas, pelo menos durante o dia, e a mais importante de todas as transições: adaptá-la ao novo ambiente e rotina da escolinha.

As duas primeiras transições foram bem tranquilas. A terceira foi um pouco mais complicada porque envolvia um esforço físico adicional da minha parte: tinha de agachar muitas vezes para sentar no banquinho quando a levava para sentar no vaso. Emocionalmente também era desgastante, pois o treinamento para uso do vaso sanitário foi (e continua sendo) longo! E, por fim, a quarta transição também teve suas complicações, principalmente no início. Algum dia escrevo mais detalhadamente sobre cada uma delas (procure no marcador "transições" à direita da página).

Outra providência foi tentar acostumá-la com a ideia de ter um novo membro à família. Por ser muito novinha e ainda estar desenvolvendo a linguagem, não sei até que ponto ela realmente entendeu, acho mesmo que sua compreensão foi se desenvolvendo aos poucos. Apesar disso, nós repetíamos com frequência que a Alícia estava na minha barriga e logo ela aprendeu a beijá-la, a fazer carinho, a princípio sempre estimulada por mim e meu marido até que por fim começou a fazê-lo espontaneamente. Perguntávamos a ela onde estava a Alícia e na grande maioria das vezes ela sabia apontar para a minha barriga - algumas vezes ela se confundia e apontava para a dela ou a do pai também! Quando a Alícia finalmente nasceu foi tudo muito tranquilo. Engraçado que no hospital, por ter ficado longe tanto tempo, ela inicialmente ME estranhou. Era como se ela não tivesse me reconhecido, ficou confusa! Por essa eu não esperava, rsrs! Mas levei numa boa.

Daí pra frente foi só acostumá-la com a ideia de que a Alícia não estava mais na barriga, rsrs! Ela é esperta e aprendeu rápido, logo começou a dar beijos e abraços na irmãzinha espontaneamente também! Toda vez que a Alícia chorava, ela perguntava "Foi, Lissa"? A resposta variava entre uma explicação de que a bebê estava com fome e a mamãe iria dar leite para ela ou de que a neném estava com "dodoi" na barriga porque estava tentando fazer cocô. Não demorou muito tempo para o comportamento dela se adaptar a essas explicações. Vejam que interessante:

A primeira reação da Nicole foi choramingar e repetir "Dodoi biga! Dodoi biga!" quando não queria obedecer, por exemplo, na hora de comer ou de dormir. No começo eu não entendi! Eu realmente pensei que ela estivesse com alguma dorzinha na barriga. Foram alguns dias até eu "me ligar" que se tratava de um novo padrão de comportamento. O que acontece é o seguinte: Temos ensinado nossa filha que manha não é um comportamento aceitável. A ensinamos que ela não vai conseguir nada com manipulação e choro. Desde bebê a temos ajudado a lidar com as emoções e se comunicar de modo aceitável -no início através da linguagem de sinais (sinalizando "por favor" e "não, obrigada", por exemplo) e depois que começou a falar através da linguagem apropriada. Ou seja, a ensinamos a FALAR em vez de pedir as coisas chorando. Aplicamos as consequências naturais se ela faz manha ou a disciplinamos se ela desobedece. Então para a Nicole a lógica estava sendo mais ou menos esta: A Alícia chora porque doi a barriga e mamãe e papai atendem prontamente o pedido dela, então se a minha barriga doer eu também posso chorar porque em vez de brigar, vão me pegar no colo e dar beijinhos pra sarar. Gente, não sei vocês mas eu me surpreendo a cada dia com a capacidade de manipulação de criancinhas, até as mais novas! Bobos somos nós quando as subestimamos!

A segunda reação da Nicole foi oferecer a solução ao ouvir a bebê chorar. Aliás, esta é uma característica bem marcante dela: querer dar ordens e controlar o que acontece ao seu redor. Não sei quem ela puxou! Então o que ela geralmente faz em primeiro lugar é me avisar: "Lissa crying, mamãe". E em seguida me diz qual é o problema e o que nós devemos fazer para ela parar de chorar. Por exemplo, para trocar a fralda ela diz: "Poo poo Lissa" (ou então "Dodoi biga Lissa"). E para amamentá-la ela fala: "Milk Lissa, mamãe" (e aponta para o meu seio). Se a bebê e a chupeta estiverem ao seu alcance, ela não hesita em entuchá-la na boca da irmãzinha!

Por falar em chupeta e amamentação, aqui vale um comentário. A Nicole teve curiosidade de colocar a chupeta da Alícia na boca algumas vezes no início. Eu insisti que ela era um "big baby" e falei que ela não devia colocar a chupeta da Alícia na boca. Ela chegou a testar o limite três ou quatro vezes (colocando-a ou ameaçando colocá-la na boca), mas acabou cedendo e depois nunca mais demonstrou interesse - pelo menos até agora. Quanto a voltar a mamar no peito, eu lembro que um dia desconfiei de que ela estivesse curiosa e com vontade de imitar a Alícia mamando (embora não tivesse pedido), então preparei o copo dela e "fiz festa" dizendo que as duas iriam tomar o leitinho ao mesmo tempo. Funcionou e ela nunca mais pareceu interessada.

Para concluir, gostaria de dizer que em grande parte o ciúmes é provocado ou agravado pela família e pessoas ao redor. Antes mesmo do nascimento da Alícia, ouvimos muitos adultos dizerem à Nicole: "Vai perder o colinho da mamãe, hein?". As pessoas falam sem pensar! E cada absurdo. É claro que meu marido e eu sempre rebatíamos o comentário sem noção com algo do tipo (como se fosse a Nicole respondendo): "Eu não vou perder colinho nenhum não, eu vou GANHAR uma irmãzinha!!". Outro exemplo é agir como se o bebê fosse de cristal, não deixando o filho mais velho acariciá-lo ou mesmo chegar perto dele. Isso provoca raiva na criança pois ela é constantemente repreendida quando tenta se aproximar para "ajudar" (do jeito dela) ou demonstrar carinho, ela se sente excluída. Por mais bruscos que sejam os movimentos da Nicole (suas tentativas de fazer carinho no rosto da irmã), eu me seguro e não demonstro nenhuma recriminação. Pelo contrário, a incentivo a participar, inclusive, deixo-a segurar a irmã (tomando todos os cuidados necessários, é claro!) de vez em quando. Ela ama!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

40 dias de Alícia!


Durante o mês de julho, meu marido ficou em casa quase todas as manhãs para me ajudar a olhar a Nicole enquanto eu cuidava da Alícia e também tentava tirar uma ou duas horinhas para trabalhar (sim, em plena licença-maternidade, rs!), mas agora que as férias da Nicole acabaram, estamos entrando em uma nova rotina! Por isso estou aproveitando esse primeiro dia de nova rotina para contar um pouco sobre como foram os primeiros 40 dias de vida da Alícia.

Bem, estou muito contente com o desenvolvimento até aqui. Com isso não quero dizer que tem sido fácil, pois ter um bebê é sempre difícil e desafiador! Apenas que como é minha segunda experiência, eu estou mais tranquila com relação ao que fazer e ao que esperar de um recém-nascido. Foi muito tenso da primeira vez, pois lá no fundinho eu carregava o receio de estar fazendo algo "errado" e de me arrepender lá na frente. Como li muito e me preparei o máximo que pude antes da Nicole nascer, eu tinha na cabeça um monte de "regras" do que poderia / deveria ou não fazer (quanto à rotina do bebê). O medo era de errar feio e estragar tudo! É, mamães de primeira viagem realmente são exageradas em seus temores, rs!

Mas estamos aqui - todos felizes, sãos e salvos - e me sinto mais confiante com relação à rotina da Alícia. Abaixo descrevo um pouco sobre cada parte da rotina que estou implementando conforme ensina a Encantadora de Bebês (E.A.S.Y.).

Eat (Comer)
A primeira parte da rotina nesta fase é a amamentação. A Alícia mama muito bem. No hospital não fomos tão bem assim. Era alojamento conjunto (o bebê fica no quarto a maior parte do tempo), mas por uma série de fatores - dentre eles as visitas, o meu cansaço e a própria rotina da maternidade que não deu muito apoio com relação a isso - me impediu de amamentá-la a cada 3 horas como deveria ter feito. Pra ser sincera, eu acho que nos dois primeiros dias ela mamou apenas umas 3 ou 4 vezes por dia, o que é bem pouco considerando que um recém-nascido deve mamar no mínimo 7 ou 8! O resultado foi que ela perdeu mais peso do que deveria e, por causa da icterícia, tivemos de ficar um dia a mais na maternidade para ela fazer fototerapia.

Comecei a implementar o E.A.S.Y a partir do 3º. dia de vida. Os primeiros 4 a 5 dias de amamentar a cada 3 horas 24h por dia pra mim são os piores. Doi muito. Mesmo passando a pomada Lansinoh antes e depois das mamadas. A explicação para isso (segundo o Nana Nenê) é que durante esses primeiros dias de vida o bebê mama um líquido grosso, amarelado, rico em anticorpos e com 5x mais proteína do que o leite maduro. Chama-se colostro. Ele tem menos gordura e açúcar do que o leite mas, por ser grosso, exige maior tempo de digestão e deixa os seios doloridos. O bico dos meus seios não chegam a sangrar, porém aparecem bolhas brancas e ficam bem sensíveis ao toque (no banho ardem com a água batendo contra eles). A boa notícia é que isso passa! Antes da Alícia completar uma semana de vida, o meu leite já havia descido e amamentar deixou de doer!

A Alícia suga forte e na maior parte das vezes faz uma refeição completa em menos de 10 minutos. Eu sei que a maioria dos livros diz que o tempo de amamentação, principalmente no primeiro mês, chega a 30 minutos por vez, mas parece que as minhas filhas não precisam de todo esse tempo para mamar. Além disso, sigo a orientação da Encantadora de Bebês e dou apenas um lado por vez. Raras vezes precisei dar o outro lado também. Aprendi com o Nana Nenê que a sucção não-nutritiva não é recomendável e, por não querer virar uma "chupeta humana", tiro-a do peito para arrotar minutos após eu parar de ouvi-la engolir depois de 5 ou 6 sugadas.

Ela também golfa muito. O leite chega a esguichar, às vezes enquanto ela ainda está no peito (talvez porque ela mama rápido demais?) ou quando a coloco sobre o meu ombro para arrotar. A Nicole não golfava tanto leite ou com tanta frequência. Quando golfava normalmente era porque eu havia sem querer apertado a barriguinha dela na hora de trocar a fralda. Com a Alícia já tomei as devidas precauções como inclinar o berço e também não deixá-la em posição totalmente horizontal após as mamadas. Nem sempre funciona. Na verdade eu desconfio de que a posição inclinada não seja tão favorável pois faz a fralda apertar a barriga (principalmente se ambas estiverem cheias). Então tenho invertido a ordem, procuro trocar a fralda antes de mamar e também faço questão de não apertá-la muito na hora de colar o adesivo. Outra ideia que o meu marido teve é de interromper a mamada para fazê-la arrotar antes de prosseguir. Não consegui fazer isto muito bem ainda porque nunca fui muito boa para ajudar o bebê a arrotar (é difícil!).

Por que eu sei que 10 minutos de um seio só está sendo suficiente para alimentá-la? Por uma série de motivos. Primeiro porque li no Nana Nenê que, com a lactação já estabelecida e desde que o bebê sugue com força, é possível esvaziar os seios da mãe num tempo de 7-10 min. Outro motivo é que ela aguenta até a próxima mamada (os intervalos entre uma mamada e outra são de 2,5 a 3 horas). Também sei que ela está mamando o suficiente porque monitoro as fraldas, troco-a 7 a 8 vezes por dia. A lógica é esta: se as fraldas estão frequentemente molhadas e/ou encharcadas é porque a ingestão de líquidos está adequada. Por fim, o indicador mais importante: ela está ganhando peso! Pra falar a verdade, não sei ainda quanto ela ganhou pois a visita ao pediatra está agendada somente para a semana que vem, porém é notável que ela cresceu e engordou bastante!

Aliás, este é um fator interessante e quero aproveitar para fazer uma última observação. A Nicole eu também amamentei a cada 3 h desde o início, mas estabelecer horários fixos de amamentação eu só fui aprender a fazer um tempo depois, acho que no 2º. mês de vida. No início, se em vez de amamentar às 13:00 eu só conseguisse acordá-la e começar a mamada às 13:25, eu acabava considerando o horário de acordá-la novamente para a próxima mamada às 16:25 e não 16:00 como deveria. O problema é que muito provavelmente eu também teria dificuldade de acordá-la e outros 20-30 min se passariam. Assim, a mamada das 16:00 acabava acontecendo às 16:50, ou seja, quase uma hora depois. O atraso de uma mamada se refletia no horário da próxima (efeito dominó) e, por isso, além da rotina não ficar muito previsível, não era sempre possível garantir as 7-8 mamadas do dia (pois o dia só tem 24 horas!). Desta vez eu estabeleci horários fixos desde o início (6:00, 9:00, 12:00, 15:00, 17:00, 20:00, 23:00 e de madrugada quando/se ela acorda), incluindo o cluster feeding, que significa amamentar com intervalo menor entre 2 mamadas no final da tarde para, como diz a Encantadora, "encher o tanque" (a barriguinha do bebê) para ajudá-lo a dormir mais horas seguidas à noite. O Nana Nenê também explica que no fim do dia é normal o suprimento de leite materno ser menor e, por isso, também aconselha diminuir o intervalo entre as mamadas nessa hora do dia. Uma nota com relação à rotina: Depois de 5 semanas mais ou menos de cluster feeding adaptei os horários para conseguir fazer o dream feed (mamada dos sonhos) mais cedo. Não estava gostando de dar a última mamada do dia tão tarde, às 20:00; ela não dormia direito e acabava acordando novamente para a mamada dos sonhos (em vez de mamar dormindo como deveria). Então a rotina hoje está mais ou menos assim: 6:00, 9:00, 12:00, 14:00, 17:00, 19:00, 22:30 e de madrugada.

Activity (Atividade)
A segunda parte da rotina dela é ficar acordada. Para bebês recém-nascidos isso é um verdadeiro desafio. Aliás, tive MUITA dificuldade de acordar a Alícia para as mamadas durante as primeiras semanas de vida. Levantava-a, fazia cócega na orelha, abria o macacão para resfriar um pouco o corpo (pois o calor dá sono) e mesmo assim não funcionava toda vez. Eu chegava a ficar 20-30 min só tentando acordá-la. Às vezes eu queria simplesmente desistir e deixá-la dormir. Mas enfim o esforço valeu a pena pois aos poucos o corpo dela foi se ajustando e hoje em dia é comum ela acordar sozinha perto do horário de mamar. Isto é muito importante e fruto da AOP (alimentação orientada pelos pais) que o Nana Nenê ensina, pois faz parte do processo de "treinar" o metabolismo do bebê para mamar e ficar acordado nas horas certas (de dia!) até ele ser capaz de dormir a noite toda.

Nesta fase a Alícia ainda não consegue ficar acordada por mais de 40-50 minutos, o que inclui o tempo gasto mamando e a troca de fralda/roupa (ou o banho, 1x por dia). Também tomo o cuidado de não ficar com ela no colo durante todo o período acordada. Tanto o Nana Nenê quanto a Encantadora promovem o lema "Comece como quer terminar" (Start as you mean to go).

Sleep (Dormir)
A última parte da rotina nesta fase é dormir. O objetivo é que o bebê aprenda a dormir sozinho e no seu próprio berço e, para isso, às vezes é necessário deixá-lo chorar um pouco. Até o momento não tenho tido grandes dificuldades. Eu uso a chupeta e/ou a seguro (sem balançar) por alguns instantes, mas quando vejo que ela está calminha o suficiente coloco-a no berço ou no moisés para tirar a soneca. Normalmente ela já deu algumas bocejadas e os olhos delas estão fitos em alguma direção. Pra mim são os dois sinais mais claros de que ela já está pronta para embarcar no sono.

Nos dias em que ela está agitada e com dificuldade para dormir (ou quando temo que seu choro irá acordar a Nicole), deixo-a com a chupeta um tempo maior e ela acaba dormindo. No fim das contas ela sempre cospe a chupeta depois que adormece, mas quando dá entro no quarto antes disso acontecer e eu mesmo tiro-a da boca dela (ela resiste sugando-a com mais força!). Estou fazendo isso porque com a Nicole foi um problema; na ânsia por não ouvi-la chorar acabamos tornando-a dependente da chupeta. Tivemos dias e noites difíceis no começo porque toda vez que a chupeta caía da boca ela abria o berreiro!! Era muito estressante entrar no quarto várias vezes (inclusive durante a noite) para repô-la. Não queremos reviver esses episódios, então estou sendo bem mais cautelosa com a chupeta desta vez.

Além do soluço que a Alícia tem em praticamente todas as mamadas (e não sei como fazer para evitar!), ela também tem muitos gases e isso algumas vezes interrompe o seu sono. Como a Nicole fazia, ela se contorce de dor e chora. A diferença é que, além de massagear a barriguinha fazendo pressão com as perninhas dela dobradas, estou dando antigases (simeticona) a cada 8 horas conforme prescrito pelo pediatra. Não sei porque eu não fiz o mesmo com a Nicole! Quer dizer, até sei, eu quis evitar dar medicamento e tentei resolver o problema de outra forma (com massagem, bolsa de água quente e funchicórea), mas desta vez pesquisei melhor sobre a ação do antigases e resolvi dar. Estou vendo resultado, ele realmente a ajuda a eliminar os gases e ela sofre menos. Também verifiquei que a ação dele é cumulativa, então os resultados são melhores se ele é dado com consistência (e não somente quando ela tem dor).

Tivemos alguns dias, entre 18:00 e 22:00, em que a Alícia ficou bem nervosa e chorou além do normal. Num dos dias sabíamos que ela chorava de dor (gases), mas nos outros não sabíamos o que ela tinha. Ela simplesmente esperneava e chorava, por muito tempo! A ponto de pular a soneca. É o que alguns chamam em inglês de witching hour. Não se sabe bem o motivo mas pelo que li é comum bebês chorarem mais no fim do dia. Tivemos umas três ou quatro crises dessa até agora (no mesmo horário) e eu tenho entendido que não é o momento de deixar chorar (CIO = cry it out). Quando a Nicole era pequena eu não era muito flexível com relação a isso, não tive sabedoria para discernir as diferenças. Se não fosse fome, frio, calor, fralda suja ou outro motivo aparente, eu deixava chorar crendo que isso a ajudaria a dormir por conta própria (o grande objetivo). Claro que me partia o coração ouvi-la chorar tanto e por tanto tempo; eu entrava a cada 15 ou 20 min no quarto para tentar acalmá-la e repetir o processo de colocá-la pra dormir na esperança de que ela aprendesse logo. Deu certo, mas foi sofrido e sei que não é qualquer um que aguenta a pressão.

Com relação à tolerância ao choro, percebo que algo mudou em mim. Estou definitivamente mais tranquila. O choro da Nicole me apavorava e eu não conseguia raciocionar direito se ela estivesse chorando. Trinta segundos de choro me pareciam vários minutos!! E às vezes nem choro era, era só um resmungo mesmo, mas acho que os meus ouvidos ampliavam o som. Claro que outras vezes eram choro sim, e bem estridente também! Um dos motivos da mudança, sem dúvidas, é porque já passei por isso uma vez antes e, portanto, estou melhor preparada. Mas outro motivo igualmente relevante é que agora eu tenho de dividir a minha atenção. Não tenho só um bebê recém-nascido em casa, tenho mais uma filha de quase dois anos e que também precisa de mim. Quantas vezes precisei deixar a Alícia chorando por um ou dois minutos porque estava fazendo alguma coisa para/com a Nicole (exemplo, levando-a ao banheiro, dando banho, comida ou escovando os seus dentes)? Há situações em que simplesmente não dá para largar tudo e ir ver o bebê! Não sou duas! E isso é bom, tanto para mim quanto para elas. Quando finalmente consigo chegar até a Alícia para ver o que está acontecendo ela normalmente já "se resolveu" e não está mais chorando. Eu desconfiava mesmo de que em parte a "culpa" pelo fato das crianças serem exigentes fossem das mães que atendem a todos os choros prontamente!

Desta vez estou sendo mais flexível. Como sei que a Alícia já consegue dormir sozinha (porque ela o faz em praticamente todas as sonecas do dia), tenho me dado ao luxo de segurá-la e deixá-la dormir no meu colo nesses períodos tensos de fim dia. Na verdade quem tem feito isso é o meu marido já que nesta hora do dia ele já chegou do trabalho. A Valerie Plowman, do blog Chronicles of a Babywise Mom, estabelece uma hierarquia quanto às prioridades que dizem respeito ao sono do bebê: 1) dormir na hora certa (conforme a rotina), 2) dormir no local certo (no berço), 3) dormir da forma certa (sozinho). Por isso, antes de mais nada, é preciso que a Alícia durma na hora certa, ainda que isso signifique que ela vai dormir no colo. Sei que fazê-lo algumas vezes em situações atípicas como essas não é suficiente para pôr tudo a perder e faz parte da flexibilidade que tanto o Nana Nenê como a Encantadora enfatizam mas que, por algum motivo, mães de primeira viagem como eu não entendem. Isto está muito claro para mim hoje.

Uma surpresa agradável que tive neste primeiro mês da Alícia foram as noites alongadas. O Nana Nenê ensina a não acordar o bebê pra mamar durante a madrugada, mas deixá-lo acordar sozinho pois entre o 10º. dia e a 8a semana de vida ele já seria capaz de dormir a noite toda. A minha teoria é de que isso depende em grande parte do peso do bebê. Quanto menor o bebê mais difícil é porque seu estômago ainda não comporta uma quantidade suficiente de leite para ele ficar tantas horas sem mamar. À noite a Nicole acordava pra mamar após aprox. 5 horas de sono e batalhei bastante para ela finalmente conseguir dormir a noite inteira (de 7 pra 8 horas), o que só foi acontecer com 8 para 9 semanas de vida, ou seja, bem no limite do prazo que o livro havia dado. Já os resultados com a Alícia vieram bem mais rápido: com 11 e 12 dias ela dormiu de 6 a 7 horas seguidas pela primeira vez!! Tomei um susto quando acordei de manhã. Depois com 17 e 18 dias de novo. Que delícia pra mim! Com 24 e 25 dias de vida nova surpresa: foram 7 a 8 horas de sono ininterrupto dessa vez! E ela não tinha completado nem um mês de vida ainda.

Dormir a noite inteira não é uma constante ainda e nunca aconteceu por mais de quatro noites consecutivas. Aconteceu de novo com 33 dias (6 horas), com 38 dias (8,5 horas), com 39 dias (6,5 horas), com 40 dias (6 horas) e com 41 dias (7,5 horas). Mas as demais noites foram somente 5 horas ou menos de sono ininterrupto. Tenho percebido que o "sucesso" à noite varia de acordo com a qualidade das mamadas do dia e também da implementação da rotina. Se, durante o dia, eu consigo fazer todos os ciclos de "comer/ficar acordada/tirar soneca" direitinho e, assim, ela fica acordada o tempo adequado e ingere o suficiente de calorias, os resultados à noite são melhores. Mas com filha pequena e de férias em casa nem sempre é possível seguir a rotina perfeita, por isso fomos bem flexíveis neste primeiro mês.

You (Você)
No livro da Encantadora de Bebês, a Tracy Hogg enfatiza que a mãe separe períodos do dia para cuidar de si e o horário ideal é enquanto o bebê está dormindo. Por isso é tão importante que as sonecas sejam longas, de 1h30 a 2 horas por ciclo. No Nana Nenê e Educação de Filhos à Maneira de Deus, os Ezzos também falam da importância de investir no relacionamento que é a base da família: o relacionamento marido-mulher. Eles dizem que "bons cônjuges produzem bons pais" e eu concordo plenamente! Com dois filhos o desafio de manter o casamento saudável é ainda maior, por isso meu marido e eu já separamos algumas datas de nossas agendas, 1x por mês até o final do ano, para termos o nosso tempo sem as meninas. Ainda não sabemos qual será o programa cada mês, mas vamos "voluntariar" babás para ficarem com elas nesses dias, rs!

Bem, por hoje é só! Vou postando as novidades conforme elas acontecem.