Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pastoreando o coração - Parte 4 - Vara e Consciência


Olá, hoje vim postar a parte 4 do resumo do livro "Pastoreando o coração da criança". Para ler os posts anteriores sobre essa série de resumos, basta seguir os links a seguir: Fundamentos, Objetivos e Métodos e Comunicação. O tema desta parte envolve um assunto bem polêmico: o uso da vara. Eu achei o posicionamento do autor bem equilibrado (e bíblico). Vale a pena abrir-se para essa reflexão!

Capítulo 11 - Adotando métodos bíblicos: a vara

PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Jeremias 17:9 –
Ensina que o coração é “enganoso e deseperadamente corrupto”.
Provérbios 29:15 e 17
– A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe. (...) Corrige o teu filho e te dará descanso, dará delícias à tua alma.
Hebreus 12:11
– Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.
Efésios 6 –
Avisa contra o perigo de provocar os filhos à ira.
Hebreus 12:5
Deixa claro que a vara é uma expressão de amor; a disciplina é uma “exortação a filhos”, ou seja, um sinal de filiação (pai/mãe que disciplina demonstra que ama).
Hebreus 12:5 e 6
Estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.

Ao discorrer sobre o raciocínio por detrás do uso da vara, Tripp diz que as questões de correção transcendem o presente e nos lembra que as crianças não nascem moral e eticamente neutras. De acordo com Prov. 22:15, a loucura e a insensatez estão atreladas ao coração do mais doce bebezinho. E como diz o texto, se permitirmos que essa estultícia cresça na criança, ela acarretará sua eventual destruição!

De acordo com o sentido das palavras loucura e insensatez (ou estultícia, dependendo da versão usada) conforme aparecem em todo o livro de Provérbios, Tripp esclarece que elas transmitem os seguintes significados: não ter temor de Deus, não se submeter à autoridade, não ouvir a repreensão, carecer de sabedoria e zombar dos caminhos de Deus.

Nesse contexto, a vida do insensato é movida por seus desejos e medos; ele vive do imediatismo de sua paixão, cobiça, expectativas, esperanças e medos. Tripp nos lembra que, em seu estado natural, nossos filhos têm corações de insensatez! Eles resistem à correção, às nossas tentativas de governá-los. Ao educá-los, precisamos lembrar que a criança que se recusa a estar debaixo de autoridade está em posição de grave perigo.

É aí que entra a vara. Ela é dada para uso neste caso extremo! Tripp deixa bem claro que não é seu direito bater nos filhos quando bem desejar. Para resgatar os filhos da morte (doença), a vara é o remédio dado por Deus (o meio de resgate). Para o autor, recusar o caminho proposto por Deus significa escolher seu próprio caminho, que leva à morte e é o cúmulo da insensatez.

Tripp afirma que, propriamente administrada, a disciplina torna humilde o coração da criança, deixando-a sujeita à instrução dos pais. A vara causa dor, mas traz colheita de justiça e paz, exatamente como promete Heb. 12:11. A vara não é a única medida, mas ela precisa ser usada.

O que é a vara?
- O uso oportuno, comedido e controlado de punição física.
- O exercício de pais, não de todos os adultos.
- Um ato de fé (confiança na sabedoria de Deus e na excelência do Seu conselho).
- Um ato de fidelidade para com a criança (expressão de amor e compromisso).

Usar a vara é uma responsabilidade dos pais como representantes de Deus. Não é o externar a ira ou frustração dos pais. É uma missão de resgate: a vara enfatiza a importância de obedecer a Deus (pois Ele é quem determina que os filhos obedeçam os pais).

DISTORÇÕES DA VARA
O conceito bíblico da vara não dá aos pais o direito de ter crises de temperamento diante dos filhos, de bater nos filhos quando desejarem (e assim provocá-los à ira conforme lemos em Efésios 6), de extravasarem sua ira e frustração reprimidos (mágoas) ou de exigirem retribuição pelo erro cometido. Nada disso! Tripp acredita que essa mentalidade punitiva associada ao uso da vara não é bíblica. Disciplinar com a vara deve produzir aproximação e não distanciamento. Ele explica que quando tem-se a mentalidade punitiva, a correção deixa de ter o objetivo de restauração para ter o objetivo negativo de pagamento.

OBJEÇÕES COMUNS À VARA
- Amo demais meus filhos para bater neles.
Para Tripp esse é um pensamento enganoso. Afinal, pergunta ele, quem se beneficia se você não disciplinar seu filho com a vara? Com certeza não é a criança! Ele reitera que o fracasso em aplicar a vara põe a criança em risco. O autor também nos lembra de Prov 13:24; de acordo com esta passagem, o ódio me impedirá de bater em meu filho, o amor me forçará a fazê-lo.

- Tenho medo de machucá-lo.
O autor argumenta que, de acordo com Prov. 23:13-14, a disciplina biblicamente equilibrada nunca põe seu filho em risco, nem mesmo fisicamente.

- Tenho medo de que essa prática o torne rebelde e irado.
Prov. 29:17 diz exatamente o oposto! Diz que a disciplina não produz filhos irados e irritados, produz filhos que estão em paz com você, em quem você pode se deleitar.

- Esse método não funciona.
O autor admite que aplicar a vara pode não funcionar, e os motivos comuns são uso inconsistente da vara, falha em persistir, fracasso em ser eficaz e, principalmente, fazer com ira.

- Tenho medo de ser processado por abuso infantil.
Taí um argumento válido, por isso Tripp nos lembra que a aplicação da disciplina não deve ser em público! Acima de tudo, disciplinar ou não com a vara é uma questão de fé: obedecerei a Deus mesmo quando há riscos ligados à obediência? Os riscos existem, seja prudente.

O FRUTO DA VARA
A vara ensina:
- Que há resultados inevitáveis do comportamento (o princípio de semear e colher),
- A estar debaixo de autoridade,
- E que as estruturas de autoridade são uma bênção.

A vara produz uma colheita de paz e justiça (fruto pacífico) e filhos felizes e bem-sucedidos.
A vara traz a criança de volta ao lugar da bênção.

"Deixada entregue a si mesma, ela continuaria a viver movida pela paixão. Continuaria a buscar conforto na escravidão de seus desejos e temores. A vara de correção faz a criança voltar à submissão aos pais, à posição em que Deus lhe prometeu a bênção" (página 131).

Quando a criança tem permissão para ser irritadiça e desobediente, uma distância se desenvolve entre os pais e a criança. Tripp lembra que seus filhos precisam ser conhecidos e entendidos (comunicação), mas que também precisam que os limites estejam claros e a correção previsível (autoridade e vara). A comunicação e a vara não são métodos isolados, são feitos para funcionarem juntos!!

Em suma, a ênfase na comunicação rica e multiforme anula a disciplina fria e tirânica. De acordo com Tripp, pais autoritários tendem a carecer de amabilidade e pais permissivos tendem a carecer de firmeza. A primazia de um ou outro desses métodos dependerá da idade do seu filho.

Capítulo 12 - Adotando métodos bíblicos: apelo à consciência

PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Romanos 2:12-16
Diz que Deus outorgou capacidade de raciocínio que discerne questões de certo ou errado; mesmo as pessoas que não têm a lei de Deus mostram que esses requisitos estão escritos em seus corações ao obedecerem à lei (consciência).
Provérbios 23
A consciência dada por Deus é sua aliada na disciplina e correção (essa consciência deve ser despertada).
Mateus 21:28-32 e 33-46
Exemplos do apelo à consciência: 1) parábola dos dois filhos, Jesus interage com os fariseus e 2) parábola dos lavradores e do dono da vinha, Jesus apela ao senso de certo e errado dos fariseus e pede que eles façam o julgamento.

Neste capítulo, Tripp sugere que, assimi como Jesus fazia ao usar parábolas, a verdade dos caminhos de Deus deve ser plantada e cultivada na consciência. O foco central na criação de filhos é conduzi-los a uma sóbria avaliação de si mesmos como pecadores, sua total incapacidade de fazer as coisas que Deus requer a menos que conheçam a ajuda e força de Deus. Os pecadores que vêm a Jesus, em arrependimento e fé, são revestidos de poder para viverem novas vidas.

Como já expôs antes, o autor reforça que a dependência dos filhos em seus próprios recursos os conduz para longe da cruz; afasta-os de qualquer auto-avaliação que os forçaria a concluir que estão desesperadamente necessitados de perdão e do poder de Jesus. A hipocrisia e a justiça própria é o resultado de dar aos filhos a lei que pode ser cumprida e dizer-lhes que sejam bons!

Por quê? Porque à medida em que vão sendo bem-sucedidos tornam-se como os fariseus, pessoas cujo exterior está limpo enquanto por dentro há todo tipo de sujeira e imundície. Ao apelar para suas consciências, os filhos são estimulados a buscarem em Deus compreensão de si mesmos.

Até mais, Talita

Confira a parte 5 do resumo clicando em Da infância à pré-escola

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!