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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

sexta-feira, 9 de março de 2012

2 anos e 6 meses de Nicole!


Hoje vim falar sobre a Nicole - a minha princesa mais velha que completou 2 anos e 6 meses há dez dias. Infelizmente, o último post dedicado a ela foi há mais de 1 ano! Com a segunda gravidez e depois os desafios que vieram com a chegada da caçula, eu não consegui organizar o meu tempo para escrever todo mês sobre as duas. Uma pena, pois nesse período vivemos muitos aprendizados e eu amaria ter registrado tin-tin por tin-tin tudo o que aconteceu - o que ela aprendeu e também nos ensinou, os episódios engraçados, as viagens que fizemos, as situações que nos preocuparam, as decisões difíceis que tivemos de tomar. Mas não deu, então estou aqui hoje para fazer um resumão dos principais pontos do último ano de vida dela!

Rotina - Alimentação, Atividades e Sono
A Nicole acorda por conta todas as manhãs - sempre por volta das 6:00 - mas ela ainda não tem permissão de sair da cama sozinha, então quando acorda ela nos chama. Eu a busco e trago para o nosso quarto onde ela toma o seu leitinho enquanto eu amamento a Alícia. Ela está habituada a dormir na cama (com grades) desde + ou - 1 ano e 7 meses, antes da irmã que iria precisar do berço nascer. Eu fiz a mudança cedo para minimizar a possibilidade de situações que pudessem gerar ciúmes nela. Depois do banho e café da manhã, o pai a leva para a escola às 7:50.

Ela fica na escola das 8:00 às 12:00 e eu mando um lanchinho - geralmente uma fruta picada, suco natural (ou yakult) e mais alguma coisa (castanhas, danoninho, cereal, bolo ou biscoito). No momento achamos que ela é muito nova para vir de transporte escolar, por isso vou buscá-la de ônibus na hora da saída. É bem pertinho de casa, então às 12:15 já estamos de volta. Se ela viesse de transporte escolar chegaria somente às 12:35, acho muita diferença! Assim que chega, tiro o uniforme e lavo suas mãos para almoçar. Ela é bem devagar para comer - mastiga, mastiga e mastiga mais um pouco, rsrs. Às vezes parece que não vai engolir nunca, principalmente se tiver pedaços maiores de carne, por isso tudo precisa estar bem cortadinho. Depois eu escovo os dentes dela, coloco-a para fazer xixi e ela vai pra cama tirar a soneca da tarde - de 13:00 até 16:00, mais ou menos. Nem sempre ela dorme por 3 horas seguidas, mas é uma média e dá para dizer com segurança que é o que acontece em pelo menos 65% das vezes.

Depois da soneca, eu dou algum lanche leve. Às vezes ela pede leite, ou danone, ou uma fruta. Eu não deixo ela encher muito a barriga nesse horário porque jantamos cedo aqui em casa. As atividades depois da soneca variam muito, deixo-a brincar livremente no cantinho especial para isso na sala (ela gosta de montar quebra-cabeças, brincar com massinha de modelar, fazer comidinha com as panelinhas) ou então lá fora, levando a boneca para passear no carrinho, brincando de bola ou com a motoca. Ela gosta muito de correr, pular e fazer piruetas, imitando uma bailarina, e não costuma brincar quietinha não. Pelo contrário, é bem tagarela e quer me mostrar tudo o que ela está fazendo. Também gosta de interagir com a irmã e fazê-la dar risada.

Às 18:00 (ou antes) ela janta e como no almoço é aquela demora para terminar a refeição. Ela já melhorou pra comer - de 1 ano até completar 2 anos foi uma época difícil - e não é mais a "picky eater" de antes. Pelo menos agora ela come um pouquinho de tudo - inclusive saladas e legumes refogados. Mesmo que não goste ou não queira experimentar algo novo, eu explico que ela precisa obedecer. Ela usa aquele babador de plástico com bolso para não cair tanta comida no chão. Antes ela fazia questão de comer sozinha, mas hoje como vê a gente dando comida na boca da Alícia, ela quer o mesmo tratamento e algumas vezes pede para darmos comida na boca dela.

Depois da janta já é praticamente hora de ir pra cama de novo. O horário-limite é 19:30 porque quero que ela tenha pelo menos 10 horas de sono ininterrupto à noite, mas temos de começar a preparação para dormir às 19:00 - envolve tomar banho novamente (quando preciso), escovar os dentes, usar o banheiro, ler um livro ou assistir a algum desenho (DVD). Ela toma um leitinho com chocolate também, se pedir. Na hora de dormir, a rotina é colocar as meninas no quarto, ligar o ventilador, sair e fechar a porta para elas ficarem totalmente no escuro. Elas dormem independentemente. Às vezes, a Nicole fica tagarelando com as bonecas e a Alícia chora (acho que porque quer brincar também, rs). Quando isso acontece, tiramos a Nicole do quarto para discipliná-la porque ela sabe que hora de dormir é hora de silêncio. Principalmente quando a Alícia já está no quarto dormindo (alguns dias colocamos ela para dormir uns 20-30 min antes da Nicole), ela precisa aprender a respeitar a irmã e o espaço que elas dividem.

Escola
Este ano a matriculamos numa escola nova. Foi uma decisão difícil porque sabíamos o quanto a Nicole gostava da professora anterior, mas a coordenação e a escola em geral estavam deixando a desejar em certos aspectos - principalmente nos quesitos organização e comunicação com os pais, o que inevitavelmente começou a gerar certas desconfianças da minha parte sobre a execução dos objetivos propostos para o desenvolvimento das crianças também. Eu não queria tirar a Nicole de lá porque era uma escola bilíngue, com alimentação inclusa e ficava bem próximo de casa. Ah, e tinha natação dentro da própria escola, o que achava ótimo. Cheguei a procurar a coordenação algumas vezes para externar minhas preocupações na esperança de ter a confiança na escola recobrada. Estava desejosa de ser convencida a ficar. Mas não foi o que aconteceu. E como a mensalidade iria aumentar consideravalmente de um ano para o outro, eu pesei o custo-benefício e decidi que não valia mais a pena insistir para manter a Nicole lá.

A adaptação na nova escola foi melhor do que eu imaginava. Até hoje não teve um dia sequer que a Nicole não tenha ido feliz para a escola. Agora ela tem mochila, lancheira e vai toda mocinha para a escola de uniforme (que fica enorme nela!). E nos fins de semana ela fica perguntando se vai para a escola também. Enfim, está sendo uma experiência muito positiva para ela.

Ela entrou no Mini-Maternal, pois só vai completar 3 anos depois de 30 de junho. Já a Alícia faz aniversário antes e por isso, quando estiver em idade escolar, vai estar apenas um ano abaixo da irmã. Eu acho isso curioso, pois elas têm 1 ano e 10 meses de diferença de idade (quase 2 anos)!

Linguagem
Essa área está sendo um grande desafio para nós. Não temos sido constantes em falar em inglês 100% do tempo em casa (por preguiça mesmo) e como agora ela está indo para uma escola brasileira, ela quer falar português o tempo todo. Durante boa parte do tempo em que estamos juntas, eu fico traduzindo para o inglês tudo o que ela diz em português e peço para ela repetir. Toma tempo e precisa ter determinação! Há alguns dias eu arrisquei pedir para ela traduzir sozinha e não é que deu certo? Ela sabe traduzir, ela entende o que é um idioma e o que é outro. Fiquei feliz porque pensei que com essa idade ela ainda não seria capaz de distinguir!

Claro que as traduções dela ainda são imperfeitas, às vezes ela traduz apenas uma palavra e fala todo o resto em português. Fica engraçado e não é incomum ela dizer frases do tipo: "Pode jump, mamãe?". Eu sei que a culpa toda é minha, eu misturo muito os idiomas. Preciso me policiar mais e espero que eu não prejudique a capacidade de comunicação de minha filha!

Uma outra mudança positiva este ano foi que nos tornamos membros de uma igreja onde se fala inglês. A Nicole frequenta uma sala especial para crianças de 2 anos e meio e 3 anos (acabou de ser promovida para lá) e é muito bom para ela! Ela gosta, vai feliz e, além de ajudá-la na fluência do inglês, ela ouve histórias de Deus - algo muito valioso. Domingo passado no carro voltando para casa da igreja, ela estava nos contando o que tinha aprendido. Apontou na lição do dia o anjo em frente ao túmulo de Jesus e disse "He's alive!" ("Ele está vivo!"). Achei o máximo!

Disciplina e Obediência
Taí outro grande desafio! Progredimos bastante nessa área de um ano pra cá, depois que li e comecei aplicar muitos dos princípios do livro "Pastoreando o Coração da Criança" de Tedd Tripp. Clique aqui para saber mais. Estou contente com os resultados, mas sei que ainda temos muito pela frente, pois é um processo de aprendizado para a Nicole e para nós, os pais.

Ainda erro algumas vezes quando deixo passar desobediências que não deveria ou quando repito a mesma instrução muitas vezes - com isso estou acostumando-a a esperar pela segunda, terceira ou quarta vez antes de obedecer, o que, evidentemente, deixa qualquer mãe irada e mais propensa a gritar com a criança ou cometer erros piores. Outra dificuldade é o constrangimento da desobediência em público -dá uma vontade de fazer vista grossa e fingir que está tudo bem! Mas para o próprio bem da minha filha, sei que não posso e tenho aprendido a superar o desejo de ignorar a desobediência ou mal-criação, levando-a para um cantinho (ou outro ambiente fora dos olhares) para falar bem sério olhando nos seus olhos e lembrando-a de quais serão as consequências caso ela insista em desobedecer. Às vezes tudo o que a criança precisa mesmo é ser tirada do calor da situação para recompor o foco e conseguir obedecer.

Na fase em que a Nicole está, ela não sabe brincar muito bem com outras crianças ainda (estou batendo na tecla de que ela precisa compartilhar seus brinquedos!). Por isso, quando vamos visitar alguém, eu me esforço para aplicar a educação diretiva (conforme ensinada pelo "Educação de Filhos À Maneira de Deus" de Gary & Anne Marie Ezzo), ou seja, já adianto para ela no caminho o que ela deve fazer quando chegar lá. Eu explico que ela vai cumprimentar as pessoas, sorrir, dar um beijo e que só vai brincar com os brinquedos que a amiguinha oferecer para ela, que ela não vai sair pegando o que quiser pela frente, e que ela vai obedecer a mamãe. Falo tudo com antecedência e faço questão de que ela olhe nos meus olhos e diga que entendeu.

Outro fator que influencia drasticamente na capacidade dela de prestar atenção e obedecer é o cansaço. Ela desobedece muito mais quando pula a soneca da tarde -num domingo em que estamos fora de casa, por exemplo. Então eu preciso redobrar a atenção nesses casos e ajudá-la a ficar mais calminha. Se eu deixá-la solta demais, ela normalmente fica mais desajeitada, caindo à toa, chorando por besteira (com aquela voz bem irritante, forçando o choro), bem manhosa. Aliás, uma das regras que instituímos em casa é que não é permitido choramingar para conseguir as coisas. Eu explico que ela sabe falar e que ela não precisa pedir chorando. Ela estava indo muito bem... até a irmãzinha nascer! Hoje é uma área em que eu estou tendo de constantemente corrigi-la novamente porque não quero perpetuar este terrível hábito de manipulação, mas eu tento dosar firmeza com amor porque sei que é típico da idade e das circunstâncias atuais.

Um exercício que eu aprendi a fazer em casa é não lhe dar muitas liberdades para tomar suas próprias escolhas. Faz parte do treinamento para ela aprender a submissão. Algumas decisões, como escolher com qual colher vai comer ou que babador vai usar, são inofensivas e não faria mal deixá-la nas suas mãos, mas eu limito as áreas em que ela pode decidir sozinha para ela treinar a obediência. Quando ela reclama e diz que quer vestir outra roupa, eu reforço que quem escolhe o que ela vai vestir sou eu e ajudo-a a lidar com a frustração, pois faz parte da vida aceitar o "não". Claro que não vai ser assim para sempre, daqui um tempo eu acredito ela vai ter maturidade e vai conquistar sua liberdade aos poucos. Os Ezzos chamam isso de criar dentro do funil. Foi uma das dicas mais valiosas que aprendi nos últimos tempos!

Um pensamento final antes de concluir este post: Tenho pensado muito sobre o que significa ensinar minha filha no caminho em que ela deve andar e refletido que esse "caminho" inclui tudo, inclusive o respeito e a honra aos pais. Às vezes quando ela tem uma reação negativa à nossa instrução ou correção (bate o braço em ira ou quer mostrar a língua, por exemplo), eu fico perplexa e a minha primeira reação é indagar como ela tem coragem de ter uma atitude dessas, aos meus olhos era tanta ingratidão que me deixava com raiva. Ouvindo uma palestra sobre criação de filhos no fim do ano passado, aprendi que na idade da Nicole (e até aproximadamente os 4 anos de idade), a criança ainda não sabe tomar decisões morais. Em outras palavras, ela não sabe distinguir entre o certo e o errado. Ruminei esse conceito por muito tempo até me cair a ficha que honrar assim como obedecer são decisões morais. Sim, a criança tem inclinação para o pecado, mas não é algo consciente. Depois de entender isso, ficou muito mais fácil ensiná-la que ela precisa me respeitar, sem levar para o lado pessoal, ficar indignada ou querer dar o troco!

Hoje, se ela ameaça uma atitude de deshonra ou de desrespeito, não deixo mais isso me afetar emocionalmente. O que faço é simplesmente segurar no seu rosto com as duas mãos, olhar nos seus olhos e com carinho dizer que ela não pode fazer isso e que precisa respeitar a mamãe (ou o papai) - como faria com qualquer outra lição que eu quisesse transmitir a ela.

4 comentários:

  1. Máximo, adorei ler seu post.
    Nem sei se devo atrever-me á comentar algo por que não sou mãe ainda, mais vou arriscar, rs rs
    Que Deus lhe dê sabedoria todos os dias pra enfrentar as dificuldades que uma mãe enfrenta nestas situações que descreveu e que toda criança tem quando nessa idade. Pense o tanto que vocês já avançaram. Apesar de achar que a idade mais complicada é na adolescência (isso por que nem tenho filhos ainda, só imagino); mais com uma boa educação e princípios cristãos fica maleável lidar com as situações.
    Bjus pra vocês.

    Priscila Cardoso

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    1. Oi Priscila, você está certa em já ir lendo e se instruindo sobre criação de filhos agora. Quando chegar a sua vez, você estará melhor preparada para encarar os desafios com sabedoria.

      Sobre a adolescência, será que ela é a fase mais complicada? Tenho outro palpite. Acho que será a melhor fase! Penso que o que eu faço hoje é plantar sementes e meu objetivo como mãe é ajudar minhas filhas a se tornarem o que Deus as criou para ser. Minha expectativa é que a cada ano fique melhor. = )

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  2. Acabei de falar com o Claudio(meu cunhado)q gosto de vê=los (vc/Doug)corrigindo a Nicky,o fazem c/ tanto amor e calma q gostaria de poder voltar atras p/ imita-los. Estão fazendo um ótimo trabalho.Deus os abençoe,bjos.

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    1. Oi Cida,

      Infelizmente nem sempre é com tanto amor e calma assim... rs! Mas quando extrapolamos é geralmente por nossa culpa mesmo, não porque "ela nos tirou do sério". Nós somos os adultos da relação e precisamos agir como tais, mas é tão difícil! Não adianta tentar culpar ou responsabilizar as crianças pelas nossas atitudes erradas.

      Valeu pelo comentário!

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