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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

sábado, 3 de novembro de 2012

Tráfico de crianças e adoção!

Aconteceu de novo. Meu marido estava vendo TV ontem à noite e me chamou para ver uma reportagem sobre educação. O que ele queria que eu visse mesmo nem deu para ver, mas me chamou atenção uma outra notícia que veio em seguida.

Brasileiro é preso no Paraguai suspeito de tráfico de crianças

Vocês já devem ter percebido como eu sou "manteiga derretida" para casos como esses. Foi difícil dormir ontem pensando nesse bebezinho de 11 meses. E na dor da mãe indígena que foi induzida a vender o filho! A filmagem mostra que a negociação durou meia hora e que a mãe estava relutante em soltar o bebê. Pudera! Já imaginou a pressão emocional? Com certeza tentaram de tudo para convencê-la, devem ter argumentado que a venda era a melhor chance que aquela criança teria para um futuro digno, que ela deveria deixar de ser egoísta e pensar no bem-estar do bebê, que ela não tinha condições de dar uma vida decente para ele. Vai saber que argumentos e artimanhas que usaram para levar a cabo o lucrativo plano. Meu marido chegou em casa hoje comentando que ouviu no rádio o valor que a mãe do bebê recebeu para entregar o filho: 150 reais! Dá para acreditar?

A mãe da criança foi presa e o bebê encaminhado para um orfanato. Lá disseram que a criança passou o primeiro dia todo chorando e se recusou a comer. Pudera de novo! Oras, é claro que o bebezinho queria a mãe. Não sei como é a legislação no Paraguai (e nem no Brasil) a esse respeito, mas acho que o bebê deveria voltar para a mãe! Parece óbvio para mim que a criminosa não foi ela. Sim, ela cometeu um erro. Um terrível erro, diga-se de passagem. Mas ela foi a vítima de um quadrilha de tráfico de crianças. Até a certidão de nascimento falsificada com o nome do "novo pai" do bebê já tinha sido providenciada!

Fico imaginando no arrependimento que essa mulher deve estar sentindo pela 'burrada' que fez. Penso nas emoções do bebê. Sim, ele é um ser humano e já tem vínculos emocionais profundos com a mãe, que provavelmente é a pessoa mais próxima dele e foi quem o alimentou, o protegeu e deu carinho esses primeiros meses de vida. Fiquei imaginando se fosse minha filha. Hoje ela está com 1 ano e 4 meses, mas certamente 5 meses atrás (e, aliás, bem antes disso) ela já sabia muito bem reconhecer as pessoas e os ambientes. Se de repente fosse levada para um lugar novo, com pessoas desconhecidas, rotina e costumes diferentes... ela ia estranhar e também chorar MUITO. Ela ficaria insegura, sem entender o que estava acontecendo. E, como nessa idade ainda não sabe falar, a comunicação dela seria através de choro, muito choro.

Como alguém tem coragem de fazer isso com uma criança?

Essa história do tráfico de crianças me levou a pesquisar outros casos pela internet. Me deparei com a reportagem de 06/08/2012 do Jornal Hoje: Jovens vítimas de tráfico infantil ainda buscam por pais biológicos. Estima-se que aproximadamente 12 mil bebês recém-nascidos tenham sido vendidos para fora do país entre 1985 e 1988. Que número assustador! Essas crianças hoje são adultos e têm na faixa de 24 a 27 anos. Centenas deles, conforme diz a reportagem, enfrentam uma profunda crise de identidade. Não acho que seja frescura deles não, se fosse comigo eu também enfrentaria! Um deles é Lior que mora em Israel e está há 8 anos tentando encontrar sua família brasileira. Eu achei tão bonito ele dizendo que não tem raiva e nem culpa a mãe, mas tem o sonho de conhecê-la. Maya é outro caso. Sua mãe biológica admite que há 26 anos negociou a própria filha e diz estar arrependida. Tanto tempo se passou, mas as marcas emocionais jamais são apagadas (assim como no caso do aborto, mas esse tópico fica para outro dia). As histórias são muito emocionantes. Difícil é não chorar quando você imagina a dor dessas pessoas.

Mas novamente a notícia que me exaspera: "As quadrilhas eram formadas por advogados, juízes, promotores, donos de cartórios, enfermeiras e médicos". Olhe os juízes aí de novo.

Pessoas supostamente vocacionadas para 'cuidar do outro' tirando vantagem de sua posição profissional em proveito próprio, sem sem considerar o mal que estavam causando aos envolvidos. Ou será que eles se convenciam de que estavam fazendo um bem para essas pessoas? Dá nojo pensar. E pelo visto não era uma única quadrilha poderosa, eram várias. Um mercado lucrativo. Compravam os bebês brasileiros por menos de um salário mínimo e os vendiam por até 40 mil dólares no exterior. Gostaria de saber qual foi a punição para essas pessoas depois que o esquema corrupto da segunda metade da década de 80 foi descoberto! Alguém sabe?

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