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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

terça-feira, 5 de março de 2013

Delayed Academics: Key to Preventing Learning Problems (tradução para o Português)

Adiar o Início do Ensino Acadêmico Formal: A Chave para Prevenir Problemas de Aprendizado
Por Martin e Carolyn Forte do site www.excellenceineducation.com

Enquanto crianças são incentivadas a alcançar objetivos acadêmicos cada vez mais
precocemente, a incidência de dificuldades no aprendizado cresce num ritmo alarmante (alguns diriam epidêmico). Isso pode decorrer de inúmeras causas, desde problemas de resposta imunológica a questões alimentares e familiares, mas um fator que está sujeito ao controle imediato de pais que escolhem educar seus filhos em casa é a idade em que estabelecem atividades acadêmicas formais para os filhos realizarem. Cem anos atrás, era comum crianças entrarem na escola com 8 anos ou mais. Há duzentos anos, muitas escolas sequer aceitavam crianças que não soubessem ler.
Hoje, em contraste, os esforços mais árduos de nossas escolas públicas não conseguem produzir formandos do ensino médio que tenham um nível compatível ao conhecimento e às habilidades que um formando do ensino fundamental possuía em 1900. O que está acontecendo? O sistema educacional coloca a culpa nas crianças (que têm dificuldades de aprendizado), nos pais (que são incompetentes e/ou descomprometidos), no governo/sonegadores de impostos (que pagam pouco), ou nos três. Os educadores raramente culpabilizam seus próprios métodos, materiais, grade horária, etc. A maioria das pessoas concorda que peças de “tamanho único” geralmente não vestem bem a maioria das pessoas, mas quando se fala em educação, pessoas que são inteligentes para outros assuntos, tendem a curvar-se diante da “sabedoria” do sistema educacional vigente no que diz respeito ao que uma criança deve aprender e quando deve fazê-lo. Pais que educam em casa me procuram todos os dias pra pedir “a lista” do que seus filhos deveriam estar aprendendo em cada ano letivo. Ou me procuram bastante preocupados porque o Júnior está no 3º ano e ainda não consegue fazer multiplicação direito, não sabe nomear as partes do discurso ou não conhece a diferença entre um paralelogramo e um trapezoide! Ó, céus!
Como ex-professora de ensino fundamental, eu posso atestar à quase completa incompetência da burocracia escolar – desde as faculdades de formação de docentes aos livros didáticos impostos pelo Estado. Muito embora a nova ênfase em fonética seja uma realidade promissora, me parece que a doentia insistência em persistir objetivos “acadêmicos” inapropriados em termos do desenvolvimento infantil vai garantir, para os próximos anos, um alto número de crianças deficientes intelectualmente, coincidentemente proporcionando um vasto mercado para os profissionais da educação especial. Como diretora de um Programa de Estudos Independentes particular que atende a um grande grupo de famílias que optaram pela educação domiciliar (que funciona como uma guarda-chuva para abrigá-las), vejo crianças sendo agredidas por esse sistema insano e desumano.
Mas isto não é o pior. O problema é agravado pela tirania dos “especialistas” que estão determinados a “ajudar” alunos que estudam em casa “diagnosticando” e oferecendo “tratamento” para tudo quanto é tipo de doença que foi descoberta de uma hora para outra, desde TDO (transtorno desafiador de oposição), à TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), ao meu preferido: DPA (distúrbio de processamento auditivo), que engloba, de maneira brilhante, todas aquelas crianças que não conseguiram ainda se entender com o código fonético da língua inglesa. Estes “especialistas” querem nos convencer que crianças normais de repente se tornam “portadoras de distúrbios” quando entram na escola ou formalmente começam o ensino em casa. Não digo que não existam crianças com reais problemas físicos e/ou psicológicos, mas a grande maioria das crianças diagnosticadas com alguma “incapacidade de aprendizado” são simplesmente crianças normais com pouca tolerância ao tédio (TDA), com muita energia para conseguir ficar sentada fazendo exercícios chatos e repetitivos (TDAH), que ainda não aptas intelectualmente para absorver o conteúdo apresentado (DA, TDA, DPA, disléxico, disgráfico, etc.) ou possuem um estilo de aprendizado incompatível com o currículo vigente (TDA, etc. e etc.). Os rótulos são dados tão rápida e previsivelmente a tantas crianças que ficam desprovidos de qualquer sentido para nós; eles fazem sentido somente aos “especialistas”, que ganham a vida em cima desses distúrbios de aprendizado.
Muitos pais consternados optam pela educação domiciliar depois de receber um ou mais desses diagnósticos pavorosos sobre seus filhos. Eles os retiram da escola a fim de ajudá-los a superar sua “incapacidade” e “remediar” suas “deficiências”. Embora intuitivamente saibam que que seus filhos são inteligentes e que têm a capacidade para aprender, eles ficam presos aos padrões e prazos do sistema que condenaram seus filhos e, ao fazê-lo, criam dificuldades desnecessárias para si mesmos e para sua prole. Frequentemente, os pais me pedem um currículo que ajude seus filhos a “alcançarem o nível”. E eu pergunto: “Alcançar que nível?”. Ao acreditar que o Estado e as escolas públicas sabem qual a melhor forma de educar uma criança, eles colocam em risco a melhor oportunidade que seus filhos teriam de aprender no ambiente doméstico. Ao exigir muito e cedo demais, a resistência, a aversão e o medo do fracasso criam barreiras ao aprendizado, apenas agravando os danos já causados pelo sistema escolar.
Ensinar e aprender não são processos difíceis tampouco misteriosos. Ensinar o código fonético a uma criança que está pronta para aprender não requer um especialista treinado. QUE ESTÁ PRONTA PARA APRENDER é o termo-chave. Como ex-professora do 1º ano que aprendeu a ler no 1º ano, eu pensava que todas as crianças poderiam e deveriam aprender a ler aos 6 anos de idade. Foi preciso um vizinho determinado que educava os filhos em casa, minhas próprias filhas que começaram a ler “tarde” e as pesquisas dos pioneiros e defensores da educação domiciliar, Raymond e Dorothy Moore, para me convencer do contrário.
Estávamos muito empolgados em adotar a educação domiciliar e começamos imediatamente com o MCP (Modern Curriculum Press) Plaid Phonics quando a Tenaya tinha 5 anos. Ela aprendeu o som das letras rapidamente, mas não conseguia juntá-las para formar palavras. Ficamos as duas frustradas enquanto os vizinhos, que eram 2 anos mais velhos do que minhas filhas, brincavam contentes e não estavam tentando aprender a ler. Susan, a mãe deles, me falou dos livros e filosofias dos Moores. Eu não estava convencida, mas não tinha outra escolha. Minha filha inteligente e ansiosa por aprender não conseguia ler independente do que eu fizesse para ensiná-la. Se ela estivesse na escola, teria sido rotulada como disléxica apenas porque não sabia ler. A irmã dela, contudo, teria ganhado uma lista completa de rótulos: TDAH (ela se jogava contra as paredes quando não estava tentando escalá-las), DPA (só conseguiu associar som e símbolo quando tinha uns 9 anos), disléxica (não sabia ler), disgráfica (não sabia escrever), dentre outros.
O primeiro livro do Dr. e da Sra. Moore, “A Escola Pode Esperar” e a versão para leigos, “Melhor Tarde do Que Cedo”, me expôs aos fatos sobre educação e desenvolvimento infantil. Os Moores coletaram pesquisas médicas, olftalmológicas, neurológicas e psicológicas sobre a primeira infância e chegaram à inevitável conclusão de que, para a maioria das crianças, a melhor idade para iniciar o ensino acadêmico formal é entre 8 e 12 anos de idade! Para aqueles de nós que estamos mergulhados na cultura da escolarização precoce, esse parece um remédio difícil de engolir. Mas os Moores não se contentaram apenas com os dados das pesquisas laboratoriais; eles estudaram famílias que educavam em casa nos anos 70 e 80 para ver o que acontecia com crianças que tinham liberdade para aprender num ritmo mais natural. O resultado foram muito mais livros, culminando no “Manual de Educação Domiciliar da Família Bem Sucedida”. Este volume detalha “A Fórmula Moore” que o Dr. e a Sra. Moore desenvolveram ao longo dos anos ao mesclar pesquisa com aplicação prática.
“A Fórmula Moore” inclui três elementos em porções aproximadamente iguais: estudo, trabalho e serviço. Eles não recomendam educação formal antes dos 8 anos de idade e, em alguns casos, antes dos 12 (minha filha caçula se encaixou nesta categoria do aprendizado mais tardio). Isto não significa que a criança não aprende nada até ter 8 ou mais anos. As crianças aprendem vorazmente desde o nascimento e é somente o obstáculo da “escolarização” desajeitada que consegue retardar ou impedir a outrora insaciável sede pelo conhecimento de uma criança. Os livros são ferramentas úteis e importantes, mas para uma criança pequena, o mundo está cheio de oportunidades de aprendizado, oportunidades muito mais ricas do que as que podem ser encontradas numa folha impressa. Quando a criança tem liberdade para explorar, para questionar e para imaginar, mundos interessantíssimos, que possivelmente jamais seriam conhecidos de outra forma, se apresentam. No estilo da educação domiciliar, a criança pode aprender a ler aos 5, aos 7 ou aos 12 anos de idade, depende de cada criança.
Esse estilo de ensino-aprendizagem mais leve quanto à transmissão de conteúdo formal incorpora importantes áreas do desenvolvimento frequentemente negligenciadas ou ignoradas pelo currículo formal: habilidade de escutar, coordenação olho-mão, grandes habilidades motoras, relações espaciais, relações pessoais, conhecimento sobre o meio-ambiente, desenvolvimento da memória, imaginação, lógica e muito mais. Por causa da esmagadora presença de mídias eletrônicas em nossas vidas, as crianças frequentemente têm dificuldade de usar a imaginação ou mesmo de ouvir histórias sem ilustrações que acompanhem. Elas são tão bombardeadas com o barulho constante do rádio, da TV e de jogos eletrônicos que elas mal conseguem pensar por si mesmas. Conceder à criança tempo nos primeiros anos de vida (de preferência com o mínimo de TV possível, etc.) para ela se desenvolver física, neurológica e emocionalmente a prepara para absorver o conteúdo escolar formal com mais ânimo.
Já que estamos falando de prontidão física e acadêmica, não podemos deixar de mencionar a questão dos estilos de aprendizado. É importante entender que cada criança tem seu próprio estilo de aprendizado e que ele pode ser diferente do seu ou de seus outros filhos. Independente de quando você começar o ensino formal, é imprescindível ensinar da maneira que melhor se encaixa com o estilo de aprendizado dele. A melhor publicação que conhecemos para auxiliá-lo a determinar e a compreender o estilo de aprendizado do seu filho é o livro “Descubra o Estilo de Aprendizado do Seu Filho” de Mariaemma Willis e Victoria Hodson. A combinação desse livro com os trabalhos dos Moores servirão de base para você ter uma experiência de educação domiciliar muito bem-sucedida.
Adiar o ensino acadêmico formal não pressupõe aprender a ler tardiamente, mas encoraja os pais a esperarem os filhos estarem prontos. Até lá, os pais podem ler para seus filhos, brincar com as letras e os sons e ficar atentos aos sinais de que os filhos estão começando a entender o código. Uma vez que isso acontece, você não pode impedir uma criança de ler. Algumas irão progredir rapidamente e outros o farão mais lentamente, mas conquanto a instrução seja fonética (isto é vital), as crianças caminharão gradualmente até que estejam lendo num nível adulto. Ainda que você descarte os rótulos de disfunções de aprendizado, você vai descobrir que talvez não consiga usar os currículos prontos (Ah, droga!). Uma das minhas filhas aprendeu a ler (sem esforço) aos 8 anos e a outra aos 10,5 anos. Uma usou o material Primary Phonics e a outra preferiu a cartilha “Eu Posso Ler” do Dr. Seuss. Completados esses compêndios iniciais, elas simplesmente selecionaram (com a minha orientação) livros dos quais elas gostavam. Gradualmente, elas progrediram para livros cada vez mais difíceis. Hoje ambas são graduadas e têm carreiras agradáveis.
Nós utilizamos a Fórmula Moore em vez de um currículo formal. As meninas tiveram muitos empregos e iniciaram uma série de negócios, incluindo o Fun Ed, que muito requisitado no nosso site Excellence in Education Resource Center. Elas fizeram parte de inúmeros projetos de serviço à comunidade que culminou num trabalho de missões internacional. A maioria das pessoas nos classificaria como “unschoolers” (=desescolarizados) e eu não negaria, apenas acrescento a este rótulo a informação de que usamos a Fórmula Moore para equilibrar nossas vidas.
Este final feliz não teria sido possível sem o conceito de “adiar o ensino acadêmico formal” uma vez que nossas filhas teriam sido rotuladas rapida e frequentemente, caso tivéssemos levado-as para os “especialistas” quando elas ainda não sabiam ler. Felizmente, nos dirigimos primeiro ao Dr. Raymond Moore e sua maravilhosa esposa, Dorothy, que nos disseram que conquanto elas estivessem progredindo não tínhamos com que nos preocupar. Eles estavam certos!
As escolas da modernidade foram projetadas para fazer para a educação o que Henry Ford fez para a indústria automobilística. E em alguns aspectos elas têm tido sucesso, mas lembre-se que as crianças não são como metais derretidos que podem ser redesenhados por qualquer molde para se encaixar em qualquer espaço com qualquer propósito. As crianças são seres humanos únicos e delicados, com talentos especiais, pontos fortes e fraquezas. Cada uma tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, que pode ser ignorado por nossa conta e risco. Como adeptos da educação domiciliar, rejeitamos o “sistema” por uma série de razões e saímos da caixa. Lembre-se de que a caixa inclui muito mais do que apenas o prédio. Sair da caixa e dar aos nossos filhos a melhor educação feita sob medida possível inclui questionar o programa e também o currículo escolar. Coisas que são produzidas em massa nunca são da melhor qualidade e o mesmo vale para a cópia do produto feito em massa.
A educação de melhor qualidade para o seu filho é aquela que se adéqua ao seu ritmo e estilo de aprendizado. Apenas o pai pode julgar a adequação desse ritmo de aprendizado ao observar os sinais, mas podemos obter bastante orientação dos muitos livros sobre educação domiciliar de Raymond e da Dorothy Moore e do Perfil de Estilos de Aprendizado do livro “Descubra o Estilo de Aprendizado do Seu Filho”, de Willi e Hodson. Forçar uma escolarização precoce pode surtir efeitos indesejados na futura vida escolar dos filhos. Em vez de se preocupar com a “dificuldade de aprendizado” porque seu filho não se encaixa no estilo e sequência didática de escolas “dentro da caixa”, invista sua energia ajudando-o a desenvolver seus interesses naturais. Você se surpreenderá com os resultados.

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