Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Desenvolvimento da linguagem antes dos 2 anos

Quando a Nicole completou 1 ano e 5 meses, eu escrevi este post sobre o seu desenvolvimento cognitivo e aquisição de vocabulário. Faz tempo que estou me cobrando fazer um sobre a Alícia também. Abaixo pretendo compartilhar um pouco da minha percepção sobre o seu desenvolvimento da linguagem até aqui.

Antes, porém, é preciso evidenciar alguns pontos sobre como fazemos as coisas aqui em casa. O primeiro deles é que meu marido e eu acreditamos que desde muito cedo, quando ainda bebês, embora ainda não falem, as crianças têm capacidade mental para se comunicarem (obs. Aprendemos este ensinamento no livro "Além do Nana Nenê", do Gary Ezzo e Robert Buckman). Por isso, já a partir dos 7 meses, procuramos ensinar às nossas filhas outro método de comunicação, a linguagem de sinais, como alternativa ao choro e birra tão comuns entre crianças pequenas. O pouco que sabemos da linguagem de sinais já é suficiente.

Nesta idade, as crianças gostam muito de imitar o que as pessoas à sua volta estão fazendo - seus sons e gestos. Aliás, a gente brinca que a Alícia - que dentro de poucos dias completará 1 ano e 10 meses - é a sombra da irmã - a Nicole, que está com quase 3 anos e 8 meses. Isso porque grande parte do tempo o que a gente vê é a Alícia observando a irmã e imitando todos os seus gestos, ações e comportamentos. E como as duas se divertem com isso e dão boas gargalhadas!

Assim, não fica difícil entender porque, embora ainda não fale, a Alícia consiga aprender tão facilmente novos sinais, dentre eles, gestos que acompanham músicas ou os versículos bíblicos que estamos memorizando em família no momento devocional a cada manhã.

Os sinais que a Alícia mais usa atualmente (e os faz espontaneamente ou com o nosso estímulo) são: "please" (por favor), "no, thanks" (não, obrigada), "excuse me" (com licença) e "sorry" (me desculpe).

Mas hoje não vim falar sobre a 'linguagem de sinais' em si (se este é o seu interesse, existe um marcador na coluna à direita com este nome), o que quero é me deter mais no assunto "bilinguismo". Meu marido e eu falamos inglês e português e, portanto, sempre quisemos que nossos filhos de pequenos aprendessem os dois, naturalmente. Eu sei que, aqui no Brasil principalmente, existe toda uma polêmica em cima desse tema. Alguns acreditam que falar mais do que um idioma confunde a criança e retarda o desenvolvimento da sua fala, além de dificultar o seu relacionamento com outras pessoas. Para falar a verdade, eu não concordo com esses argumentos. Acho que é subestimar a capacidade de comunicação das crianças. Além disso, conheço casos que me fazem pensar diferente.

E ainda que o bilinguismo possa de fato retardar o início da fala (o que eu não sei se é verdade), não acho que isso seja substancial a ponto de comprometer ou prejudicar a criança. Que diferença faz se a criança começou a falar aos 2 anos, 2 anos e meio ou 3 anos? Será que faz tanta diferença assim? Será que não é uma questão que também envolve temperamento e outras habilidades, como a de interação social?

Bem, não sou especialista em linguística e confesso que não fui atrás de ler muitas informações sobre o assunto. Apenas conversei um pouco com pessoas experientes na área (no sentido de experiência prática mesmo, não necessariamente de conhecimentos teóricos) e fui seguindo minha própria intuição sobre o que fazer. O que vou compartilhar abaixo é apenas fruto da minha experiência e opinião sobre o assunto.

Como dizia, falamos os dois idiomas em casa. Me deram a dica de não misturá-los dentro da mesma frase, para que fique sempre bem claro o que é um idioma e o que é outro. Isso faz total sentido para mim, mas confesso que nem sempre é fácil de se fazer. Aliás, se você não tem o hábito de separar os idiomas é um tanto quanto difícil! Com a Nicole, de certa forma, eu acho que consegui ser mais disciplinada do que sou hoje em dia quanto a isso. Com medo de confundi-la, eu realmente me esforcei para falar somente em um idioma com ela. Quando estávamos somente as duas, ou em família, era o inglês que usávamos para nos dirigir a ela. Porém, com meu marido falo em português (por preferência nossa), então ela sempre foi acostumada a ouvir os dois idiomas naturalmente.

Se eu tivesse de nomear o nosso método de ensinar eu o chamaria de o método da convivência, rs. Ou, como o chamam nas escolas bilíngues, é o ensino por imersão. Isso significa que sim, eu li livrinhos de palavras em inglês para ela, mas não que eu tenha partido do português para ensinar o inglês. Como eu sempre considerei ser falta de educação falar inglês na frente de pessoas que não falam o idioma, nos momentos fora de casa (ex. na igreja - até os 2 anos da Nicole frequentamos uma igreja brasileira) ou quando estávamos na companhia de outras pessoas, eu me dirigia a ela em português.

Um fator interessante é que por nove meses (dos 18 aos 27 meses), a Nicole frequentou uma escola bilíngue. Ela entrou 3 meses antes de eu ganhar a Alícia e, neste período, só ia 3x por semana, por meio-período. Lá o ensino era por imersão também, mas a verdade é que inglês mesmo ela só ouvia da professora, já que as outras crianças (na turminha dos babies) só falavam em português. Mesmo assim, acredito que a experiência tenha sido válida para ela. No ano seguinte (em 2012), eu a mudei de escola. Ela passou a frequentar uma escola de educação infantil brasileira e, nem por isso, o inglês dela ficou prejudicado. Muito pelo contrário, a fluência dela só melhorou. Ficou mais fácil para ela dividir os idiomas: de manhã / na escola se fala em português, à tarde / em casa se fala inglês, simples assim.

Agora em 2013, ela não está mais em escola alguma, está em casa comigo. Os dois idiomas estão muito bem consolidados na mente dela. Claro que há deslizes e traduções equivocadas que ela faz de vez em quando, mas no geral acho que ela tem uma excelente capacidade de tradução português-inglês e vice-versa. Como sei que tanto para ela quanto para mim, o português é a língua materna, tento me deter mais em atividades em inglês. Leio e conto histórias em inglês, tento mostrar desenhos em inglês, canto músicas em inglês, etc. Mas confesso que não é fácil ficar num idioma só, rsrs. É uma luta interna, principalmente quando não lembro ou não sei como se fala uma determinada palavra.

Bem, mas como eu disse lá em cima, este post é para falar sobre a aquisição de linguagem da Alícia, a minha mais nova. Contei tudo isso, na verdade, para contrastar o histórico das duas e tentar compreender o processo pelo qual ela está passando. Por um lado, o aprendizado da Alícia tem dependido muito mais dos meus estímulos e influência (já que ela nunca foi para escolinha alguma) e, por outro, como a aquisição de fluência da Nicole transcorreu tão bem eu percebo que tenho sido menos rígida com ela, no sentido de não cobrar tanto, praticar menos e, principalmente, me disciplinar para misturar o mínimo os idiomas.

A Alícia não fala tão bem ainda (por causa da pronúncia ruim, às vezes o som que ela diz é muito diferente do que ela pretende que ele seja!), mas já tenta se comunicar com duas palavras ao mesmo tempo (está começando a construir frases). Algo que eu tenho notado é que as palavras que eu intencionalmente ensinei, ela fala em inglês. Já as palavras que ela aprendeu sozinha (que ela fala espontaneamente de ouvir outros dizendo) são geralmente em português. O que isso me faz concluir? Que estou sendo mesmo relaxada e falando bem mais português do que em inglês em casa!! Para a Nicole essa falta de disciplina não é mais tão comprometedora já que ela domina bem os dois idiomas, e sabe ir de um para o outro sem problemas, já para a Alícia que não tem nem um nem outro idioma consolidado ainda, isto pode vir a ser um problema!

Outro ponto muito curioso é a pronúncia dela e a insistência em falar certas palavras em português (apesar de compreendê-las perfeitamente em inglês). Por exemplo, se eu digo: "Lily, where is your foot?" ou "Show me your foot", ela me mostra o pé e diz "Pé", em português!! O mesmo acontece rotineiramente com "daddy", "mommy" e "baby", são palavras que ela não fala de jeito nenhum em inglês. Não sei porque!! Se tiver algum especialista aí lendo este post, não deixe de comentar! Vou até colocar alguns vídeos que meu marido gravou para vocês terem uma ideia mais clara do que estou tentando explicar. É bem engraçado porque parece até que ela está fazendo de propósito, para tirar sarro dele!






Para finalizar o post, segue uma pequena lista de palavras que eu fui anotando nas últimas semanas que sei que ela conhece e tentar usar ao se comunicar! Claro que não consegui anotar todas, mas com essa lista já dá para ter uma ideia de como está o vocabulário dela. Vocês vão reparar que a pronúncia de algumas, principalmente as em português, têm pouco a ver com a palavra em si. Pedi ajuda ao meu marido sobre a forma de representar a pronúncia dela e não concordamos em um monte delas - eu acho que ela fala de um jeito e ele acha que ela fala de outro, rsrs. Mas vamos à lista:

Em Português
- dada (=obrigada)
- côco (=colo)
- oto (=o outro)
- ete (=este)
- ovo (=de novo)
- bô (=acabou)
- Kicky (=Nicky)
- nona (=danoninho)
- pá / pato (=sapato)
- au au (serve para qualquer animal)
- toto (=gostoso)
- Nana (nome da boneca, pode ser banana tb)
- pei (=espera/pare)

In English
- peese (=please)
- bye bye
- wawa (=water/shower)
- poo poo
- oo (=shoe/juice)
- apple (may mean other fruit too)
- more
- bib
- ball
- boh (=book)
- poon (=spoon)
- ep (=help)
- nee (=me)
- mine
- meh (=milk)
- puhple (=purple)
- why (=white)
- cuh (=cover)

Bem, por hoje é só. Espero conseguir voltar dentro de alguns dias para fazer o update de 1 ano e 10 meses dela. Um abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!