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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Motivos (falsos) para se fazer uma cesárea eletiva!

Essa semana publiquei aqui no blog dois relatos de parto desmistificadores!

O primeiro é o relato da história da Tereza, que passou pela experiência de parto três vezes - aos 35, 39 e 42 anos de idade - e que nos conta como foi passar por cada um deles. E o segundo é o relato da história da Bete que, aos 29 anos, conseguiu ter parto normal apesar da bebê ter uma circular de cordão no pescoço.

Como não podia deixar passar, aproveito hoje para comentar o relato das experiências delas e também apresentar outras razões muito comuns usadas hoje em dia para se fazer uma "desnecesárea". Para ajudar quem está se preparando para o dia do parto, vou compartilhar links com indicações de leituras de blogs que eu costumo acessar. Como sabem, gosto desse assunto e, portanto, leio bastante a respeito!

Highlights sobre a história da Tereza
- O apoio da família. Logo no início do relato, ela menciona que tanto o marido quanto os sogros ficaram martelando em sua orelha que parto normal era melhor. Achei interessante por causa da nacionalidade deles (franceses). Lembrei na hora do relato da Vanessa, uma brasileira que teve os 2 filhos no Canadá. Com ela foi o contrário, na primeira gestação sua mãe tentou a todo custo convencê-la a fazer cesárea porque não conseguia entender o que levaria uma mulher a querer parir naturalmente (sentir dor). E isso, claro, traz à tona toda aquela discussão sobre diferenças culturais que faço no post Está na dúvida entre parto normal ou cesárea?. Para a mentalidade estrangeira é inconcebível essa escolha entre cesárea ou parto normal. Ou seja, para eles não faz sentido realizar uma operação cirúrgica para algo que é um evento fisiológico.

- A obstetra "vaginalista". Como ela mesmo ressalta, ela foi abençoada de pegar uma médica pró-parto normal desde o início, o que não aconteceu aqui em SP quando ela foi ter o 3º. bebê. Encontrar um obstetra não-cesarista é um problema recorrente nas grandes metrópoles! Não pude deixar de lembrar do post Lista Bem Humoradas de Perguntas, publicado por Materny no blog Gravidez, Parto e Maternidade. É um teste para ajudar grávidas a descobrirem se o seu médico é do tipo mais intervencionista ou mais liberal.

- Boa saúde física. A Tereza tocou num assunto importante, a da saúde física. Mesmo antes de engravidar, ela era uma pessoa que se exercitava muito. Não sei até que ponto isso realmente facilita, em termos físicos, a evolução do TP, mas que deve ajudar em termos psicológicos, isso deve! É um hipótese minha, não li em nenhum lugar a respeito (embora imagino que deva ter estudos a respeito), mas tenho a impressão de que no geral pessoas "dadas aos exercícios físicos" têm maior perseverança e tolerância à dor. Acho que mulheres assim devem encarar melhor a situação do parto no momento da dor. Não significa que elas não vão ter medo de sentir dor, mas por se exercitarem com frequência elas estão mentalmente mais acostumadas a desafiarem seus próprios limites físicos. A Tchella, do blog Batatinha-tinha, escreve o post Preparando-se para o parto... e faz comentários interessantes sobre o preparar-se. Vale a pena também conferir Dor do Parto - Como Aliviar (por Materny).

Highlights sobre a história da Bete
- A circular de cordão e outros mitos. Se você leu o relato da Bete e ainda não ficou convencida porque já ouviu história de que o bebê pode morrer sufocado se tiver uma circular de cordão em volta do pescoço, quero indicar três posts para você entender como funciona a respiração do bebê dentro da barriga da mãe e tirar de vez suas neuras quanto a isso. O 1o é o Circular (por Materny), o 2o é A falácia da circular de cordão (por Dra. Melania Amorim) e o 3o é o Cordão umbilical no pescoço, e agora? (por Ana Cris Duarte). Por mais absurdo que possa parecer, eu já ouvi o desabafo recente de uma gestante primagesta, conhecida minha, que se sentiu pressionada pelo médico a agendar a cesárea assim que completasse 38 semanas por causa da tal da circular no pescoço! Num e-mail para mim ela escreveu:

"Oi Tá, a minha pequena já está encaixadinha e tudo certinho, mas o médico quer marcar cesárea porque está com medo da pressão subir na hora do parto e porque está com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Segunda-feira vou passar em consulta e vamos marcar a cirurgia, mas estou com medo de estar sendo vítima do sistema de hospitais particulares que só querem fazer cesárea por qualquer motivo e adiantar as coisas. Mas ao mesmo tempo vou fazer o quê? Se o médico diz que é risco para as duas, nenhuma mãe do mundo quer o mal para o seu bebê. Mas estou com medo".

Como a Tchella no post "Re-volta?", eu fico indignada com médicos que fazem isso! E olha que circular é apenas um dos mitos, tem tantos outros. O campeão deve ser a famosa desculpa "Não tive dilatação". A Ana Cris dá um show no post com esse título explicando como é que realmente acontece num trabalho de parto. Eu aprendi muito com ele, vale muitíssimo a pena conferir. Veja outros posts legais para ler aqui e aqui. E para quem encara ler artigos científicos, leia também Indicações reais e fictícias de cesariana!

Um obstetra que transmita confiança. Confesso que o médico da Beth é uma incógnita para mim, rsrs. Ao mesmo tempo em que ele foi muito incentivador do parto normal e procurou tranquilizá-la de que não faria cesárea a menos que realmente fosse necessário (algo, sem dúvida, importante), achei estranho ele "só por precaução" já deixar a cesárea agendada. Vocês perceberam qual foi o prazo-limite que ele deu para ela nascer? O dia em que completasse 40 semanas de gestação. Como assim, doutor? Eu achei uma tremenda incoerência. Como ele pode dizer que circular de cordão não é indicativo para cesárea (corretamente), mas presumir que passar de 40 semanas de gestação o é (falso)? Ainda bem que a Valentina foi esperta e resolveu nascer antes, rsrs. E se a idade gestacional dela não fosse bem aquela (algo super possível de acontecer, pois quem garante que naquele dia ela realmente completaria 40 semanas?), ela teria sido arrancada à força do útero, estando ou não pronta, numa cesárea eletiva.

E cesáreas eletivas são sempre mais perigosas do que alguns médicos nos fazem crer. Para ler sobre isso, leia Riscos da cesárea agendada (por Materny. Não posso reforçar a importância de você se aprofundar e descobrir quando a cesárea pode ser necessária e quais os riscos que ela apresenta para a vida do seu bebê. Leia mais em Escolhendo a Cesárea - Riscos e Benefícios (por Adele Doula)

-  Liberdade no parto X intervenções desnecessárias. Tanto a Tereza como a Bete tocaram no assunto da posição durante o parto. Na experiência do 3o parto (que ela não menciona no relato, mas aconteceu no Hospital Santa Catarina, em SP), a Tereza conta que pôde usar a banheira e que teve a liberdade de andar pelo quarto. Ela diz: "A cada vez que eu percebia que vinha uma contração, eu me agachava de cócoras e fazia força para o bebê descer e conseguir a dilatação naturalmente, sem a tal da ocitocina". Já a Bete, que ganhou no São Luiz, também em SP, conta que aproveitou para andar bastante durante a uma hora de espera na recepção do hospital, mas que devido a protocolos hospitalares perdeu essa liberdade ao ir para a sala de parto. Sobre isso ela diz: "Pedi para ir andando porque assim controlaria melhor a dor, mas não me deixaram. Me levaram na cadeira de rodas". Ela também faz uma observação interessante sobre o incômodo que é ficar deitada em meio a contrações durante a fase ativa de TP (nesse momento ela ainda ainda estava na sala de pré-parto, mas já com 5,5 cm de dilatação e sentindo muitas dores): "Ela me colocou deitada para o exame. A única coisa que eu não queria naquele momento era ficar deitada, mas não tinha outro jeito". Sobre isso, indico a leitura de dois posts super interessantes: Liberdade no Parto (por Materny) e Plano de Parto (por Drika Cerqueira). Indico esse último post, principalmente, porque ele trata da questão da mulher se informar e refletir de antemão sobre como quer que seja o seu parto, quais intervenções rotineiras ela aceita não que sejam feitas pelo médico e pelo hospital. A Tereza conta que, no 3o parto, se recusou a tomar a ocitocina e que o médico então propôs uma outra alternativa para acelerar o parto (descolamento da placenta). Achei engraçado ela relatar isso porque até poucas semanas antes do Yann nascer, nós conversamos um pouco e eu contei para ela a minha experiência traumática no parto da Alícia (as muitas horas de ocitocina porque eu cheguei no hospital cedo demais). Ela entendeu o recado e não deixou que colocassem o sorinho nela! Também sugiro que leiam sobre Intervenções no Parto Normal (em 4 partes, leiam todas!) para saber sobre esse negócio de mandarem você fazer força, cortarem o seu períneo, empurrarem sua barriga, uso do fórceps, etc. e etc.

Bem, por hoje é só. Espero que as indicações de leitura sejam bem aproveitadas!

E desejo um bom parto pra vocês.

Beijos, Talita

7 comentários:

  1. Sobre o Nana Nen^e, fiz um post no meu blog h'a um tempo atras. D'a uma olhadinha nos coment'arios e veja a quantidade de pais precisando de ajuda. 'E impressionante! (ESSE TECLADO EST'A ME DEIXANDO MALUCA)

    http://marianamaedeprimeiraviagem.blogspot.com.br/2008/05/livro-nana-nen-principais-ensinamentos.html?showComment=1370201218224#c4816764100624314422

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    1. Oi Mariana,

      Eu vi esse seu post sim, e na época já tinha uns 300 ou mais comentários (um deles é meu, você chegou a ver em 19/02/2012?). Voltei lá agora e já passou da marca dos 500! Uau, impressionante mesmo!

      Vi também que você desistiu de tentar responder às solicitações porque eram muitas. O problema é que tem gente que escreve apenas porque quer debater ou falar mal do livro... e isso, além de chato, desgasta a gente.

      Obrigada por comentar, volte sempre!

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  2. Olá, Talita.
    Acabo de conhecer o blog e adorei o conteúdo...Tenho 37 anos, tentando engravidar, e em busca de um médico humanizado pra tentar o parto normal... Você tem alguns nomes pra indicar? Moro em São Paulo.

    Obrigada!
    bjs, Luciana

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    1. Oi Luciana, seja bem-vinda! Nomes de médicos para indicar eu não tenho, mas recomendo que você conheça o GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade - http://www.maternidadeativa.com.br/) e o site do Despertar do Parto (http://www.despertardoparto.com.br/index.html). Acho que as informações e cursos que eles oferecem podem lhe ser bem úteis na sua busca!

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  3. Olá, Talita!

    Gostei bastante do seu blog, o descobri por acaso, pesquisando sobre maternidade tardia.
    Tive dois partos normais, o meu primeiro estava bem nova, com 18 anos e o segundo aos 23 , o qual a minha bebezinha nasceu na porta do hospital.
    Agora aos quase 40, com mais condição financeira,psicologica e know how (criei os dois praticamente sozinha) estou pensando em engravidar. Em breve vou me mudar para Curitiba e pretendo ter um acompanhamento bem intensivo, coisa que nao fiz nas minhas 2 gravidezes e tambem por sofrer com artrite reumatoide, a qual prejudica muito minha saúde.

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